Seminário Brasileiro de Tecnologia Enzimática, pela segunda vez, é organizado pela UCS.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 13/07/2016 | Editado em 14/02/2024

Enzimas-1Os avanços da pesquisa e das perspectivas da tecnologia enzimática estarão em discussão a partir deste domingo, dia 17 de julho, em Caxias do Sul, no XII Seminário Brasileiro de Tecnologia Enzimática – ENZITEC, reunindo cientistas, professores, alunos e profissionais que trabalham com enzimas no Brasil. O evento, que segue até quarta-feira, dia 20, terá sessões técnicas, workshops, sessões de pôsteres e grupos de discussão. Pela segunda vez, a UCS organiza o seminário, que se realiza a cada dois anos – a primeira edição, em Caxias do Sul, foi realizada em 2006.

As enzimas são utilizadas em uma extensa gama de setores, incluindo a saúde humana e animal, a indústria química e alimentícia, a agricultura, a energia e o saneamento ambiental. É, também, destacável o papel estratégico que a enzimologia desempenha para o desenvolvimento sustentável. Com a crescente demanda por tecnologias limpas, bem como o interesse pelo uso de recursos renováveis e os desafios da mudança climática global, é possível prever um desenvolvimento ainda mais promissor para utilização de enzimas nos próximos anos.

Para a UCS, organizar novamente esse seminário, segundo a professora Marli Camassola, “é relevante, pois trata-se do evento de maior importância no Brasil sobre a área de Enzimologia e por termos programas de pós-graduação em áreas que envolvem estudos e pesquisas com enzimas, tanto em processos de produção como de aplicação, como por exemplo as enzimas para indústria de jeans e em biorrefinarias. Ainda, é crescente a comercialização de produtos contendo enzimas, tais como lácteos sem lactose, melhoradores de crescimento de pães e na produção de sabões, por exemplo”.

O seminário reunirá mais de 30 palestrantes, entre eles, o professor russo Dr. Igor Polikarpov, do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, que abrirá o evento no domingo, às 18 horas, no UCS Teatro, com a palestra “Hidrólise enzimática da biomassa lignocelulósica: etanol de segunda geração e mais além”. Estão inscritos no seminário, participantes de instituições de ensino e pesquisa e empresas de vários estados brasileiros e de outros países, como Espanha, Argentina e Chile.

Pesquisas e patentesEnzimas-2
Enzimas são estudadas na UCS há mais de 30 anos, desde a criação do Instituto de Biotecnologia, em 1979. Hoje, a UCS – além de seus programas de pós-graduação em Biotecnologia e em Engenharia de Processos e Tecnologia – conta com um Laboratório de Enzimas e Biomassas e um de Bioprocessos que desenvolvem processos de produção de enzimas, “enfatizando os processos voltados para a produção e aplicação destas enzimas. Entre os casos que existem, temos a produção de celulases e hemicelulases para hidrólise de biomassa vegetal, produção de fenol oxidases para aplicações ambientais e pectinases para a indústria de sucos”, explica Marli.

As pesquisas com enzimas na UCS já geraram 12 pedidos de depósitos de patentes no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Saiba mais
“Enzima” é a designação geral de várias proteínas complexas, especializadas na catálise de reações biológicas, ou seja, elas facilitam e aceleram a maior parte das reações bioquímicas que ocorrem no interior das células dos animais, dos vegetais e dos micro-organismos. São catalisadores muito utilizados na indústria (alimentícia, farmacêutica, têxtil, de papel e celulose, entre outras) e em métodos analíticos (químicos e de diagnóstico), por exemplo. Elas estão muito presentes em nosso dia a dia: no suco de laranja que bebemos, no efeito estonado do jeans que vestimos ou no etanol que utilizamos para abastecer o automóvel.

Fotos: Daniela Schiavo