Em visita à UCS, presidente da CAPES reafirma a importância das universidades comunitárias.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 28/07/2016 | Editado em 22/02/2024

capes“As universidades comunitárias, fora as instituições públicas, são os melhores parceiros que o governo pode ter”.  Assim, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Abílio Baeta Neves, em visita à UCS, na tarde desta quinta-feira, resume sua opinião sobre as universidades comunitárias. A declaração foi feita durante reunião com a Reitoria, ocasião em que ele foi apresentado aos principais projetos da UCS que estão em fase de captação de recursos: o Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação (TecnoUCS) e o  Centro de Pesquisa, Diagnóstico e Tratamento Veterinário de Saúde Animal.

reuniao reitoriaDurante a apresentação do TecnoUCS, o vice-reitor e pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Odacir Deonísio Graciolli, destacou o modelo de parque escolhido pela Universidade, que não dissocia ensino, pesquisa e extensão, e está focado inicialmente nas áreas da Biotecnologia, Materiais e Saúde.  Por sua vez, o pró-reitor Acadêmico, Marcelo Rossato, justificou a criação do Centro de Pesquisa, Diagnóstico e Tratamento Veterinário de Saúde Animal, como uma iniciativa que irá beneficiar o estado, oferecendo suporte técnico e científico na área de controle de zoonoses, segurança alimentar,  e controle de diagnósticos para a área de agronegócios, podendo contribuir inclusive na qualificação e facilitação da exportação de animais.

Na presidência da CAPES desde junho passado, Baeta Neves defende uma maior valorização das universidades comunitárias e acredita que é necessário criar mecanismos de regulamentação da Lei que criou, em novembro de 2013, as Instituições Comunitárias de Educação Superior – ICES, de forma a possibilitar a captação de recursos junto a órgãos públicos para a viabilização de novos projetos. “O fortalecimento das instituições comunitárias é essencial porque essas instituições são parceiras do desenvolvimento de suas regiões. É preciso forçar um reconhecimento das particularidades das instituições comunitárias e para isso a Lei, que é muito boa, precisa ser traduzida em programas concretos”. Ele também vê como necessário o ajuste dos programas de fomento da CAPES à realidade das universidades comunitárias.

reuniao-capes3Baeta Neves reafirmou as políticas da CAPES de apoio à pós-graduação stricto sensu no Brasil, “sem discriminação de áreas ou instituições”, mantendo o desafio da internacionalização, visando aproximar o Brasil – como protagonista – das principais redes mundiais de produção de conhecimento.  Para isso, é permanente o compromisso com a avaliação da pós-graduação no Brasil, com programas com mais qualidade e mais inserção internacional. A qualificação da educação básica  também continua sendo um dos focos de atenção da CAPES. Segundo o presidente, no momento, todo o sistema da CAPES – 48 coordenadores de áreas, centenas de avaliadores e coordenadores de cursos – está envolvido com a avaliação quadrienal dos cursos, cujos resultados serão divulgados em 2017.

Após a reunião na Reitoria, o presidente da CAPES participou de encontro com gestores e coordenadores dos programas de pós-graduação stricto sensu da Instituição.  A reunião foi conduzida pelo vice-reitor e pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Odacir Deonísio Graciolli, pela pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Nilda Stecanella, e pelo coordenador de Pesquisa, Guilherme Holsbach Costa.

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Abílio Baeta Neves é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor em Ciência Política pela Westfälische Wilhelms Universität, de Münster, na Alemanha. Foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRGS (1988-1992), secretário da Regional Sul da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 1994 a 1995, e secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (1996-2000). Até junho deste ano ocupava o cargo de diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS), onde também já havia sido diretor-presidente e científico entre 1987 e 1990. Baeta Neves já havia presidido a CAPES entre 1995 e 2003.

Fotos: Claudia Velho e Lisele Taufer.