JOVENS PESQUISADORES: acadêmicos apresentam trabalhos de iniciação científica e tecnológica.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 23/08/2016 | Editado em 02/09/2016
Jovens Pesquisadores
Bolsistas de iniciação científica, no Laboratório de Bioprocessos do Instituto de Biotecnologia.

De 4 a 6 de outubro, no Campus-Sede, cerca de trezentos acadêmicos de graduação, que realizam atividades de iniciação científica e tecnológica, apresentarão seus trabalhos de pesquisa no 24º Encontro de Jovens Pesquisadores e na 6ª Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia.

“Os eventos são de divulgação científica, com premiações e destaques. Mas, o mais importante, é mostrar o que se faz na Universidade. É em eventos como estes que aparecem trabalhos de impacto”. À frente da Coordenadoria de Pesquisa, órgão da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, o professor Guilherme Holsbach Costa lidera o grupo que prepara mais uma edição do Encontro de Jovens Pesquisadores e da Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia.

Este ano, as atividades reunirão 296 trabalhos – 94 na área das Ciências da Vida; 101 na área das Ciências Exatas; e 101 na área de Ciências Humanas e Sociais.

Nesta edição, os eventos serão descentralizados, com a realização de sessões em diferentes locais do Campus-Sede. “As três áreas terão a sua mesa-redonda, onde se discutirá a aplicação da pesquisa realizada na Universidade e seu impacto na sociedade. Nossa expectativa é que a comunidade veja as perspectivas que se têm na Universidade de produção de conhecimento nas mais diferentes áreas”, destaca o coordenador.

Os eventos reunirão acadêmicos que pela primeira vez atuam na pesquisa, bem como aqueles que já participam da iniciação científica e tecnológica há mais tempo. Estudantes do ensino médio, que participam do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq Ensino Médio, também apresentarão seus trabalhos nos eventos.

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Lucas, pela primeira vez, participa dos Jovens Pesquisadores

Formação profissional, cidadã e humanística

Pela primeira vez, o acadêmico do curso de Direito, Lucas Dagostini Gardelin, 20 anos, irá participar do Encontro de Jovens Pesquisadores, com o trabalho O Direito socioambiental e o constitucionalismo democrático latino-americano, orientado pela professora Cleide Calgaro. Para ele, ingressar na pesquisa acadêmica representa “uma possibilidade única e indispensável a todo e qualquer estudante, pois trata-se da oportunidade de buscar novos horizontes e aprimorar-se continuamente. Acredito que contribuirá imensamente para a minha formação profissional, cidadã e humanística”. O projeto de pesquisa no qual Lucas atua integra o Grupo de Pesquisa Metamorfose Jurídica, criado em 2004 com a intenção de promover, dentro de curso de Direito, um espaço para o desenvolvimento de novas ideias, abrindo campo para discussão dos dilemas e teorias jurídicas.

A iniciação científica desde o ensino médio

Jaíne (à direita) e sua orientadora Marli Camassola.

Pelo terceiro ano, Jaíne da Silva Fragoso, 18 anos, apresenta trabalhos no Encontro de Jovens Pesquisadores. No primeiro ano da Engenharia Química, Jaíne participa com dois trabalhos: Desenvolvimento de Composto Elastomérico com Propriedade Antifúngica para uso Biomédico e Avaliação do comportamento reométrico e mecânico de compostos elastoméricos com propriedades antifúngicas do óleo de canela com potencial aplicação em sondas vesicais de demora, os dois realizados no Laboratório de Enzimas e Biomassas do Instituto de Biotecnologia, com a orientação da professora Marli Camassola.

Caloura na Engenharia Química, Jaíne já tem uma relação mais antiga com a iniciação científica, pois, durante dois anos foi bolsista PIBIC/CNPq Ensino Médio, como estudante do CETEC. “Minha trajetória como jovem pesquisadora começou no Laboratório de Enzimas e Biomassas, com a pesquisa sobre Seleção de Extratos de Cultivos Submersos de Macrofungos para Inibição das Atividades das Enzimas α- Amilase, que, embasada na Diabetes Mellitus, buscava inibir ou diminuir o funcionamento da enzima α- amilase para reduzir o índice glicêmico no organismo.Tivemos muito sucesso e após chegarmos aos resultados que buscávamos, demos continuidade ao projeto com análises para a inibição da enzima lípase, nos mesmos objetivos do trabalho anterior, mas com enfoque na obesidade. Esse trabalho –  Seleção de Extratos de Cultivos Submersos de Macrofungos para Inibição das Atividades das Enzimas α- Amilase e Lipase – foi apresentado no Encontro de Jovens Pesquisadores de 2015″.  Nos dois anos em que participou do Encontro de Jovens Pesquisadores, os trabalhos de Jaíne foram destaque: no primeiro ano, na apresentação oral e, no segundo, na apresentação dos pôsteres.

Jaíne tem certeza que a participação em projetos de pesquisa da Universidade foi fundamental na sua escolha do curso de graduação e da profissão que pretende seguir, “tanto que buscarei trabalhar futuramente em um laboratório químico para continuar atuando com pesquisa”, conclui.

Comunicação e Turismo como temas de pesquisa

Eles acreditam que com amorosidade, responsabilidade pessoal, comprometimento mútuo e alegria, a aprendizagem é mais proveitosa. Eles são pesquisadores voluntários e  fazem parte do Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo, Amorosidade e Autopoiese (UCS-CNPq), coordenado pela professora Maria Luiza Cardinale Baptista, docente do Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade e dos cursos de Comunicação Social.

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Ronaldo estuda o jornalismo amoroso e cidadão.

Ronaldo Velho Bueno, 22 anos, participa do Amorcomtur! desde 2013 e considera que isso foi um divisor de águas na sua trajetória acadêmica. “Foi o momento de me animar de novo com a Universidade”. Ele divide seu tempo entre o curso de Jornalismo e o trabalho na Rádio São Francisco e, por conta de suas pesquisas sobre fluxo comunicacional e construção identitária, já participou de eventos científicos em Natal (RN), na Espanha e em Portugal. Em 2014, fez sua primeira apresentação no Encontro de Jovens Pesquisadores, experiência que repetiu em 2015. “Esses encontros são uma oportunidade de renovar energias e saber que não estamos sozinhos”. No último semestre do curso de Jornalismo, Ronaldo desenvolve sua monografia sobre Narrativas urbanas e jornalismo amoroso e cidadão, enquanto prepara sua apresentação no Encontro de Jovens Pesquisadores, onde mostrará a pesquisa Teia-Trama Contemporânea: as narrativas urbanas como matriz potencializadora do jornalismo amoroso e cidadão.

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Jennifer participa de seu último encontro de jovens pesquisadores.

O papel do jornalismo na construção de uma sociedade mais acolhedora e amorosa também é uma inquietação de Jennifer Bauer Eme, 23 anos, colega de Ronaldo no curso e no grupo de pesquisa. Na iniciação científica desde 2013, Jennifer apresentou em maio deste ano a monografia Narrativas artesãs: sinalizadores para o jornalismo amoroso – Aproximação com a Tribo Urbana de Artesãos de Rua em Caxias do Sul, RS. Às vésperas da cerimônia de colação de grau, a futura jornalista relembra sua primeira experiência em um evento acadêmico fora da UCS. Foi em 2013, na Semana de Comunicação da UNESP, em Bauru, “ali eu descobri que existe um mundo de coisas para se fazer na Universidade, além de assistir às aulas”. Depois disso, suas pesquisas sobre Comunicação, jornalismo e o sujeito jornalista na zona de conflito já a levaram a eventos internacionais na Espanha e em Portugal. No seu último Encontro de Jovens Pesquisadores como estudante de graduação, Jennifer apresentará a pesquisa Tramas periféricas: o artesanato de linhas como dispositivo de desenvolvimento do jornalismo amoroso e do turismo hospitaleiro.

Fotos: Claudia Velho