Etapa regional das Olimpíadas de Filosofia do RS recebe inscrições até 9 de setembro.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 31/08/2016 | Editado em 31/08/2016

Que ações transformam o mundo? Como nos relacionamos com ele e com nós mesmos? Estas são as questões que motivarão a reflexão dos estudantes.

Estudantes do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental podem participar da Olimpíada de Filosofia do Rio Grande do Sul. A etapa regional de Caxias do Sul será realizada no dia 16 de setembro e as inscrições podem ser feitas até o dia 9 de setembro, pelo e-mail: lfbiasoli@ucs.br. O tema deste ano é “Que ações transformam o mundo? Como nos relacionamos com ele e com nós mesmos” e permitirá aos participantes debates e perspectivas teóricas.

A organização da etapa regional de Caxias do Sul está sob da coordenação do curso de Filosofia  e dos professores e estudantes do curso que atuam no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID-UCS) e no Estágio em Filosofia IV.  Segundo o professor Luis Biasoli, o objetivo da Olimpíada é “despertar nos alunos a paixão e gosto pela Filosofia, por meio de uma aula interativa na qual os alunos são convidados a experienciar problemas filosóficos em oficinas didático-pedagógicas voltadas para o desenvolvimento da reflexão e do espírito crítico diante da sociedade plural na qual vivemos”.

A inscrição é gratuita e cada escola poderá inscrever uma delegação de até 15 estudantes. A etapa regional inicia-se às 8 horas, no Bloco E do Campus-Sede, em Caxias do Sul.  A estadual será em Porto Alegre, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro.

Em Caxias do Sul, na primeira etapa da Olimpíada, os alunos participam de uma das oficinas “Cada um no seu quadrado! Mas, e quem cuida dos quadrados?”, “Pensar antes de agir?”, “A experiência absurda de existir”, “O que é felicidade?” e “Eu mudo o mundo”. E, na segunda parte do evento, haverá a construção do painel coletivo, a socialização e avaliação das discussões.

Oficinas
Cada um no seu quadrado! Mas, e quem cuida dos quadrados?
Podemos viver isolados? Que diferença faz compartilhar a vida ou não? Devo ajudar os outros e os outros devem me ajudar? Quando ajudo alguém, o que é mais decisivo: a necessidade do outro ou a expectativa de alguma reciprocidade que o outro me ajude? Esta oficina visa propor uma reflexão sobre como ações podem transformar o mundo e a nós mesmos a partir dos conceitos de multidão e comum do filósofo italiano Antônio Negri.

Pensar antes de agir?
A filosofia é inútil para o agir do dia a dia? Será que tudo o que nós fazemos não tem um fundamento por trás? Um conceito que nos guie? Ao pensarmos sobre isso podemos ver a relação do pensar e do agir. Para Deleuze e Guattari esta relação é fundamental na filosofia.

A Experiência Absurda de Existir
É absurdo querer mudar o mundo em que estamos? Revoltar-se, pode ser uma maneira de relacionar-se consigo mesmo e com o mundo? Ao aprofundarmos estes vínculos, dar-se-á início a reflexões sobre existência. O filósofo contemporâneo Albert Camus é quem dita algumas possibilidades à atividade.

Eu mudo o mundo
Como mudar o mundo? Que ações são necessárias para mudá-lo? Quem é o responsável por essa mudança? Eis a proposta de discussão desse momento, onde nos baseamos na condição humana, na crença que somos o que determinamos ser. Isso implica na racionalidade da humanidade como autora e atora de suas ações, partindo de si e voltando à si a sua responsabilidade sobre o mundo que nos cerca.

O que é felicidade?
Existe um caminho para a felicidade? Ser feliz implica satisfazer os desejos a todo o momento? É na experiência e/ou nas atividades racionais que alcançamos a felicidade? Podemos ser felizes sozinhos? Vale à pena buscar a felicidade a todo custo? Nesta oficina vamos ver o que Aristóteles tem a nos dizer sobre essas e outras questões.