TecnoUCS conecta universidade e mundo empresarial.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 01/06/2016 | Editado em 18/02/2019

Parques científico-tecnológicos como o da Universidade de Caxias do Sul respondem pela gestão do conhecimento produzido nas instituições de ensino superior e aplicado nos segmentos produtivos.

O conceito dos parques de Ciência, Tecnologia e Inovação como o TecnoUCS, implementado pela Universidade de Caxias do Sul, implica na operação da gestão do conhecimento, fazendo a interface entre o ‘mundo da ciência e tecnologia’ – a instância de produção do conhecimento, nas universidades – e o mundo empresarial, onde aquilo que é desenvolvido na academia se transforma em aplicações de mercado.

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Essa intermediação entre universidades e empresas feitas pelos parques (que não têm, portanto, finalidade de produção de bens), pode ocorrer de duas formas: em um espaço físico, com a instituição de um aglomerado de empreendimentos; ou por ambiente remoto, com o compartilhamento entre o conhecimento gerado em pesquisa na academia e o desenvolvimento produtivo nas empresas.

“A essência de um parque científico-tecnológico é desenvolver produtos com alta densidade de conhecimento”, define o coordenador-executivo do TecnoUCS, professor Enor Tonolli. “A atuação começa nos segmentos produtivos inseridos na cultura local, mas pode ser versatilizada e expandida para qualquer área do conhecimento capaz de gerar inovação, porque os parques são, fundamentalmente, de ciências”, acrescenta pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da UCS, Odacir Graciolli.

Esta possibilidade decorre da conceituação, no caso do TecnoUCS, de um complexo desenvolvedor também de métodos e processos, além de produtos físicos. “A multidisciplinaridade própria de uma universidade faz com que possamos contemplar a produção de conhecimento em todas as áreas”, pontua o pró-reitor. “No universo científico tudo tem algum tipo de relacionamento, e toda a sociedade pode se apropriar da geração de conhecimento, conforme suas necessidades”, aponta Graciolli.

Parque de 4ª Geração alinhado à conjuntura mundial

Surgidos da necessidade das empresas de se conectarem às universidades devido ao avanço da produção de conhecimento em tecnologia, os primeiros parques tecnológicos começaram a se constituir na década de 1950, nos Estados Unidos.

Os chamados parques de 1ª geração foram instalados a partir de forte investimento estatal, dependiam de estrutura física e caracterizavam-se pela atuação voltada à localidade onde estavam fixados. A ampliação da abrangência para o mercado nacional definiu, nas duas décadas seguintes, a passagem para a 2ª geração de parques, existentes também na Europa.

No extremo oriente, especificamente na Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, configurou-se, a partir dos anos 1980/90, o conceito de parques de 3ª geração, nos quais a concentração física foi substituída pelas conexões entre os entes envolvidos em desenvolvimento e inovação, e o foco voltou-se para o mercado internacional.

Este modelo abriu caminho para a 4ª geração de parques tecnológicos, na qual se enquadra o TecnoUCS. A categoria é estruturada em redes de conhecimento entre universidades, empresas e poder público, independentemente da localização, e orientados para mercados locais, regionais e mundial.

Eixos básicos entre os atores da Inovação

* Mundo da Ciência & Tecnologia – ambiente teórico-acadêmico

Estado da Arte na ciência: busca do limite do conhecimento em cada área.

– Universidade isolada: atua com propósito puramente acadêmico.

– Startup teórica: ensina conceitos, sem obrigatoriedade de aplicar na prática.

* Mundo Empresarial – operação produtiva

Empresa empírica: implantação de negócios pelo método de tentativa e erro.

– Empresa desconectada: utiliza um conhecimento específico operacionalmente, para sua finalidade de produção.

– Startup empírica: projeto de negócio sem estruturação a partir dos conceitos do modelo.

* Mundo dos Parques de Ciência, Tecnologia & Inovação – gestão do conhecimento produzido na academia e aplicado nas empresas

Inovação e competitividade: insere no mercado produto ou serviço melhorado do existente, obtendo resultado financeiro.

Interação universidade-empresa: conecta os dois universos intensificando a interação para promover mais inovação e competitividade.

Startup inovadora: junção entre conhecimento e inovação favorece surgimento de empreendimento de alto impacto.

Foto: Claudia Velho.