IPES-UCS anuncia variações na Cesta Básica e IPC de Caxias do Sul

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 24/02/2017 | Editado em 24/02/2017

Levantamento corresponde à pesquisas de dados de dezembro de 2016 e de janeiro de 2017

O Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) da UCS divulgou nesta sexta, dia 24, a variação do custo da Cesta Básica e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) correspondentes aos meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017 em Caxias do Sul.

Cesta Básica
A Cesta Básica fechou 2016 no valor de R$ 809,16 (uma redução de -0,57% em relação a novembro). No primeiro mês de 2017, o custo sofreu uma sutil diminuição, passando para R$ 808,90, particularmente pela redução do preço da cebola. No mês de janeiro, dos 47 produtos que compõem a Cesta, 24 tiveram o preço majorado, 21 reduzido e dois mantiveram-se inalterados. Os maiores aumentos foram do pão de forma (27,24%) e do tomate (22,06%).

Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul indicou uma redução nos preços de -0,24% no mês de dezembro. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos 12 meses de 2016 alcançou 7,69%.

De acordo com o estudo, assinado pelo diretor do IPES-UCS, Roberto Birch Gonçalves, e pelos economistas Wilson Luís Caldart e Mosár Leandro Ness, a inflação do ano no país fechou em 6,29%, abaixo, portanto, dos 7% estimados no início do exercício. O Produto Interno Bruto (PIB), contudo, apresentou queda de mais de 3% em relação a 2015, e o índice de desemprego alcançou 12 milhões de pessoas.

Em janeiro, o IPC de Caxias do Sul indica um crescimento nos preços de 0,46%. Dos sete grupos de produtos que compõem o índice, cinco contribuíram para o aumento. Na ordem: Alimentação, Habitação, Vestuário, Transporte e Educação, Leitura e Recreação.

Na avaliação dos economistas do IPES-UCS, o cenário econômico de 2017 mostra peculiar tendência de recuperação. “Os índices de preços vêm demonstrando que a inércia inflacionária foi rompida e, com isso, as taxas vem caindo mês a mês”, diz o documento. O ajuste fiscal proposto pelo governo federal e a eliminação das barreiras (tributária e estruturais) ao crescimento são considerados fundamentais para o retorno da produtividade do país.

“De maneira geral, com exceção do setor agropecuário, todos os demais, se comparados a outras economias, apresentam baixa produtividade. Logo, simplesmente apoiar a indústria não seria suficiente para elevar nosso nível de competitividade”, alertam os especialistas. Segundo a análise, fatores comuns que prejudicam todos os setores, destacando-se a complexidade dos sistemas tributário, regulatório e legal. “Esses três elementos criam um ambiente difícil e de insegurança aos negócios e de baixa liberdade econômica”, esclarecem.