Egresso da Engenharia de Produção recebe prêmio da Sociedade de Engenharia do RS.

Felipe Luís Mandelli tem 24 anos e é egresso da UCS. Aos 23 recebeu seu diploma de bacharel em Engenharia de Produção, com láurea acadêmica pelo "elevado nível de aproveitamento" durante o curso. Há cerca de três anos trabalha na JOST Brasil Sistemas Automotivos Ltda., onde, atualmente, exerce a função de analista de Engenharia de Processos (na foto ao lado, Felipe na empresa onde trabalha).

No final do ano passado, Felipe foi premiado pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul - SERGS com a Láurea Engenheiro do Ano, na categoria Destaque Acadêmico. Num mesmo ano, dois prêmios reconhecem o mérito acadêmico e profissional do jovem engenheiro e, sem dúvida, orgulham seus familiares, amigos e professores. Para a Universidade, ver seus egressos premiados por seus órgãos de classe e bem posicionados no mercado de trabalho, é a constatação de que os investimentos em qualificação institucional alcançaram suas finalidades e que o seu compromisso com a sociedade, firmado há 42 anos, se revigora no exemplo de seus egressos.

O coordenador do curso de Engenharia de Produção, professor Joanir Luís Kalnin, lembra que o curso iniciou suas atividades em 2000 e já acumula premiações "que nos dão orgulho e satisfação de formar profissionais competitivos e capazes de contribuir com a sociedade do ponto de vista técnico, ético e humano". Com mais de 600 acadêmicos matriculados, o curso de Engenharia de Produção já formou mais de 50 engenheiros e dois deles já receberam o prêmio anual da Sociedade de Engenharia do RS (em 2007, o engenheiro Gabriel Vidor também recebeu a láurea engenheiro do ano, pela SERGS). "Duas premiações consecutivas funcionam como um catalisador entre a comunidade acadêmica, que passa a se sentir mais comprometida na formação dos futuros engenheiros e na geração de conhecimento e inovação tecnológica que respondam às demandas da sociedade contemporânea", sintetiza o coordenador.

"Conciliar estudo e trabalho, procurando sempre fazer o melhor que posso".

Aproxima-se o fim das férias e perto de 4 mil novos estudantes preparam-se para iniciar seus estudos de graduação na UCS. A entrada na universidade é um momento especial, mas é também de muita ansiedade sobre tudo o que está por vir. A experiência de Felipe além de orgulhar a Instituição também pode ser útil aos calouros, apontando-lhes o que pode fazer a diferença durante a graduação, no sentido de garantir uma entrada tranquila no mundo do trabalho. Veja a entrevista que ele concedeu, por e-mail, ao Site da UCS.


O curso de Engenharia de Produção foi sua primeira escolha?

Sim, tanto na UCS quanto nas outras universidades nas quais prestei vestibular.

O que o levou a essa escolha?

Interessei-me pela engenharia de produção, pois entendia que este curso me proporcionaria tanto a parte técnica, como também as disciplinas de cunho gerencial. Ou seja, me atraía a idéia de ser um profissional com perfil técnico, com formação e conhecimento em cadeiras lógicas, como cálculo, física, termodinâmica, e que também fosse hábil para tratar de aspectos de gestão, com uma visão mais holística para a tomada de decisões frente ao mercado de trabalho. Optei pela Engenharia de Produção pois acreditava ter esse perfil e que o curso me abriria um leque muito grande de opções profissionais, mas acima de tudo, ele seria uma grande oportunidade de desenvolver conhecimentos complementares e distintos, perante as necessidades e desafios da vida acadêmica e profissional.

Por que você escolheu a UCS?

Escolhi a UCS pois pretendia conciliar estudo e trabalho. Optei por isto pois, devido a Caxias ser um dos maiores polos metal-mecânico do Brasil, entendia que surgiriam muitas opções para pôr em prática os ensinamentos de sala de aula ainda enquanto acadêmico.

Em quanto tempo você concluiu a sua graduação?

Em 6 anos. (O curso tem duração média de 5 anos e meio)

Como você avalia a sua trajetória acadêmica?

Foi uma trajetória bastante corrida, digamos assim. Durante o início da faculdade, várias foram os fins de semana de clausura, com muito estudo. Durante os 2 primeiros anos da faculdade trabalhei em uma empresa do setor de serviços, em período de meio turno. No ano seguinte atuei como bolsista de iniciação científica em um grupo de pesquisa na UCS (Grupo de Usinagem - GUS). Depois disto, tive a oportunidade de trabalhar na JOST Brasil, empresa em que estou até hoje, conciliando assim, nos últimos 3 anos, os estudos e o trabalho.

Portanto, pode-se dizer que o início da minha trajetória foi um tanto difícil, mas com o tempo fui aprendendo a melhor conciliar a vida profissional e a acadêmica. A experiência mostrou que a prática muito auxilia à teoria, e o estudo acabou despendendo cada vez menos tempo.

Quais foram as suas maiores dificuldades durante o curso?

Dificuldade em algumas disciplinas técnicas e, em alguns momentos, dificuldade de acabar um dia de trabalho tendo que ir à aula à noite, porém isso aconteceu em casos esporádicos.

O que lhe deu maior satisfação durante o curso?

Sem dúvida, o convívio com amigos. Desde o início da faculdade, formei muitos amigos, muitos dos quais permaneceram juntos desde o dia do vestibular, passando pelo dia da colação de grau até o convívio atual. Além disso, também foi de grande valia o convívio com alguns professores que, além de atuais colegas de profissão, acabaram se tornando também grandes amigos. (Na foto abaixo, Felipe e os colegas do curso, no intervalo entre os estudos, uma pausa para o churrasco.)

Você fez atividades de iniciação científica?

Sim, trabalhei durante 9 meses no Grupo de Usinagem. Desenvolvemos atividades na área de processos de fabricação - usinagem, e atividades voltadas para análise do processo de fresamento em altas velocidades de corte e processo de furação com utilização de mínimas quantidades de fluidos-lubrirefrigerantes. Foi uma atividade bastante interessante pois me mostrou um pouco de como é a vida acadêmica em tempo integral. Além disso, também me proporcionou oportunidades de apresentação de trabalhos e a publicação de artigos técnicos, o que pode me auxiliar em oportunidades futuras de estudo.

Qual é a sensação ao receber no mesmo ano duas láureas?

É uma satisfação muito grande, talvez uma forma de reconhecimento ao trabalho desenvolvido. Porém, receber a láurea acadêmica, o destaque como melhor desempenho acadêmico, e o prêmio da SERGS, nunca foi o objetivo principal durante a minha graduação. Foi apenas um incentivo a continuar com a conduta pessoal de sempre procurar fazer o melhor que posso. Logo, entendo que é a demonstração de um saldo positivo, depois do término de uma fase da vida e, sobretudo, serve de incentivo a enfrentar novos desafios.

Felipe recebeu a láurea "Engenheiro do Ano 2008 - Destaque Acadêmico, em cerimônia na FIERGS, no dia 11 de dezembro. Engenheiros diplomados pela UFRGS, UFSM, Ulbra, Unisinos, PUCRS e UniRitter também foram laureados.

De que maneira essa premiação influi na sua carreira profissional?

Não houve grande mudanças após as premiações.

Que conselho você daria ao acadêmico que ingressa agora em um dos cursos de Engenharia da UCS?

Que tenha bastante empenho e que saiba que o curso irá exigir-lhe bastante. Que, preferencialmente, goste de ciências exatas e se acostume com a idéia de que matemática e física são a base da engenharia, e que cadeiras mais complexas ainda virão. Mas também que saiba que, com o tempo, tais dificuldades acabam sendo normais e facilmente sanadas. Por fim, que saiba que os períodos de estudos extraclasse também lhe trarão muitos amigos.

Onde e como você se imagina (profissionalmente) daqui a 10 anos?

Pretendo continuar trabalhando, enfrentando novos desafios e conciliando novos cursos de especialização ou mestrado (Felipe realiza um curso de especialização em Gestão Empresarial). Tentar me especializar em alguma área, trabalhar durante o dia, e quem sabe, dar aula à noite.