Encontro de Jovens Pesquisadores: maior evento de pesquisa da UCS começa nesta segunda-feira.

Desta segunda, dia 7, até a próxima quinta-feira, dia 10, as atenções na Cidade Universitária estão voltadas para o XIX Encontro de Jovens Pesquisadores e I Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia.

O encontro representa o ápice das atividades realizadas na UCS voltadas à pesquisa realizada durante a graduação. No evento, serão apresentados 387 trabalhos, sendo 125 na área de Ciências Exatas, 135 das Ciências Humanas e 127 das Ciências da Vida.

O encontro reúne alunos de graduação da UCS e de outras Instituições de Ensino Superior, que apresentam o resultado de atividades em programas de iniciação científica com bolsas próprias da UCS, do CNPq, da FAPERGS e de empresas, ou ainda como voluntários em projetos de pesquisa sob orientação de professores-pesquisadores.

Pela primeira vez, a UCS realiza, em conjunto com o Encontro de Jovens Pesquisadores, a I Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia, evento recomendado pelo CNPq e que tem como objetivo destacar a produção de alunos que atuam em projetos de inovação e tecnologia.

Na terça-feira, dia 8, às 10h30min, na sala 419 do Bloco J, será realizada a palestra do professor Marco-Aurelio De Paoli, do Instituto de Química da UNICAMP, que abordará o tema "Por que, para que e como fazer iniciação científica".

As sessões de apresentação oral de trabalhos iniciam-se às 8h30min do dia 7, segunda-feira, e estendem-se até às 12h do dia 10, quinta-feira, sempre no Bloco J da Cidade Universitária.

A pesquisa como um diferencial da UCS

Ações como o Encontro de Jovens Pesquisadores, realizado desde 1992, só são possíveis porque para a UCS a pesquisa tem lugar de destaque entre os seus objetivos institucionais. Para o professor Mauricio Moura da Silveira, coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu, "a pesquisa realizada dentro da universidade tem como objetivo responder às demandas da sociedade e, ainda, propor questões que a sociedade ainda não havia pensado". Dessa forma, a universidade contribui com a sociedade, pois o resultado de suas pesquisas pode gerar emprego, renda e desenvolvimento. Em contato com essa realidade, os acadêmicos da UCS têm oportunidade de enriquecer sua formação, participando de iniciação científica e tecnológica.

Ao integrar um projeto de pesquisa, sobre a orientação de um professor pesquisador, o estudante é incentivado a pensar criticamente e a exercitar sua capacidade criadora e inovadora. "O acadêmico que participa de atividades de iniciação científica possui um grande diferencial, pois tem maiores condições para evoluir por seus próprios meios, já que as atividades de pesquisa incentivam a autonomia do aluno", acrescenta o professor Mauricio.

Experiências marcantes

"Aprender fazendo é um grande reforço na graduação"
Leonardo Ruschel é acadêmico de Medicina e há um ano é bolsista PIBIC/CNPq. No Encontro de Jovens Pesquisadores, ele vai apresentar resultados do projeto "Prevalência do polimorfismo do gene agrecan na doença degenerativa discal", sob a coordenação do professor Asdrubal Falavigna. "Pretende-se relacionar o polimorfismo do gene agrecan com os dados clínicos do paciente e fatores de risco para propor a possível evolução e prognóstico da discopatia degenerativa lombar", explica.

O acadêmico diz que as atividades de pesquisa têm sido fundamentais para a sua formação. "Aprender fazendo é um grande reforço na graduação. Ler e estar sempre atualizado com o assunto que trabalhamos é essencial. E nesse ofício adquirimos habilidade e olhar crítico na busca literária", enfatiza o aluno que, depois de formado, quer conciliar a profissão de médico com atividades de pesquisa.

"Incentivo para ingresso no mestrado"
A experiência como bolsista de iniciação científica, durante dois semestres, foi fundamental para Mariana Duarte ingressar no Mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade. Ela graduou-se em Licenciatura em História no ano passado e, durante o curso, atuou em pesquisa que envolveu a relação interdisciplinar entre História e Literatura. A experiência proporcionou a participação em eventos como o Jovens Pesquisadores da UCS, o salão de Iniciação Científica na UFRGS e também da XV Jornada do Ensino de História e Educação na UCS em 2009. "Sem dúvida, ter sido bolsista de iniciação científica e ter participado dos Jovens Pesquisadores me influenciou a ter optado pelo ingresso no mestrado logo após a graduação. A experiência como bolsista também me ajudou na escolha da área do mestrado e na escolha linha de pesquisa que é em Processos Culturais", afirma.

Mariana aconselha os acadêmicos a serem bolsistas de iniciação científica. "Estar em contato com os professores, com o meio acadêmico, ter a oportunidade de apresentar trabalhos e participar de eventos e conhecer de perto o andamento das pesquisas de um projeto agrega um conhecimento muito grande", revela.

"De bolsista de iniciação científica a professor"
Otávio Bianchi, professor do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia e do Programa de Pós-Graduação em Materiais, foi bolsista de iniciação científica durante 5 anos. Ele participou de quatro edições do Encontro de Jovens Pesquisadores da UCS, de 2003 a 2006. "Participei de várias pesquisas, que tratavam sobre reciclagem de materiais poliméricos, mistura de polímeros com serragem e elaboração de mobiliário ecológico", explica o professor, que também foi monitor de disciplinas do curso de Engenharia Química durante a graduação.

Ter sido bolsista de iniciação científica, com uma relevante produção acadêmica, influenciou para que Otávio ingressasse direto da graduação na UCS para o doutorado em Ciências dos Materiais na UFRGS. "Oportunidade de aprender era o que eu precisava durante a graduação e a Universidade me proporcionou isso por meio das atividades de iniciação científica", avalia.

Palestra de abertura

O professor Marco-Aurelio De Paoli realizará, na terça-feira, às 10h30min, na sala 419 do Bloco J, a palestra de abertura do encontro. Ele abordará o tema "Por que, para que e como fazer iniciação científica".

Professor do Instituto de Química da UNICAMP, Marco-Aurélio é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A. Possui graduação (Bacharelado) em Química pela Universidade de Brasília (1970) e Doutorado em Química (Química Inorgânica) pela Universidade de São Paulo (1974). Atualmente é Professor Colaborador Voluntário na Universidade Estadual de Campinas. Tem larga experiência na área de Química, com ênfase em Polímeros e Eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: degradação e estabilização de polímeros, formulação de termoplásticos, compósitos poliméricos com fibras vegetais, blendas poliméricas, fotoeletroquímica e eletrólitos sólidos poliméricos. Tem atuado em projetos de pesquisa em interação com o setor industrial e possui diversas patentes submetidas. Seu interesse atual em pesquisas está focado em "materiais poliméricos de baixo impacto ambiental".

Fotos: Jonas Ramos