Trabalho de acadêmica de Engenharia Química é premiado em concurso.

Uma nova forma de produção de biodiesel foi estudada pela formanda em Engenharia Química Daniela da Silva Damaceno, em seu estágio curricular no Laboratório de Reatores. A acadêmica utilizou o tungue como fonte de estudo. A planta tem cultivo originário da Ásia e é encontrada na Serra Gaúcha. Ela inscreveu o trabalho no Concurso de Ideias da Evonik Brasil, empresa que atua na produção de compostos químicos, e ficou em primeiro lugar.

Uma das exigências para participar do concurso era de que os inscritos fossem estudantes de Química, com trabalhos inovadores que utilizassem os produtos da empresa. Em seu estudo, a aluna, bolsista BIT Inovação no projeto de Produção de bioenergia a partir de capim elefante (Pennisetum purpureum), utilizou um catalizador fabricado pela Evonik para a produção do biodiesel.

O biodiesel é produzido a partir do óleo de oleaginosas que pode substituir, parcial ou totalmente, o diesel fóssil. A acadêmica verificou que é possível extrair 41% do óleo da semente do tungue. "Esse é um percentual alto, se comparado com a soja, que é de 20%", destaca Daniela. O tungue é uma alternativa, também, à utilização de alimentos na produção de combustíveis. Além disso, a casca do tungue pode ser comercializada e utilizada como adubo. [ Saiba mais sobre a utilização do tungue na obtenção de biodiesel.]

Segundo o professor Luiz Antonio Rezende Muniz, orientador da acadêmica e coordenador do Núcleo de Inovação e Desenvolvimento em Agroenergia, novas alternativas de produção de biodiesel estão sendo pesquisadas na Universidade. "Hoje uma das preocupações é produzir combustíveis a partir de matérias-primas alternativas, e também buscar fontes regionais para a produção de biodiesel, como o tungue", explica. O professor destaca que o Núcleo também desenvolve pesquisas nas áreas de "Bioenergia", "Celulase" e "Microturbinas".

A estudante ganhou como prêmio uma viagem de sete dias à Alemanha, durante o mês de março, para conhecer a sede da empresa Evonik.

Foto: Jonas Ramos