Nova Central de Análises, inaugurada nesta quarta-feira, fortalece a estrutura laboratorial da Universidade.

O Centro de Ciências Agrárias e Biológicas e o Instituto de Biotecnologia inauguraram nesta quarta-feira, dia 5 de junho, a Central de Análises baseada em métodos cromatográficos e espectrometria de massas. Grande parte dos recursos utilizados para a consolidação da Central foi proveniente de projeto aprovado na Chamada Pública MCT/FINEP/AT – Infraestrutura de Pesquisa em Universidades Privadas, de julho de 2010.

A cerimônia de inauguração teve a participação de pesquisadores, estudantes e gestores da Universidade. Representando a agência Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, participou a analista Valéria Amorim e a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento - AGDI estava representada pelo seu presidente Ivan De Pellegrin.

O vice-reitor e pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, professor José Carlos Köche, explicou que a nova infraestrutura laboratorial será um fator de crescimento para o conhecimento que é produzido na Universidade, agregando novas possibilidades de interação entre os programas de pós-graduação nas áreas de Biotecnologia e Engenharia, como também entre os trabalhos dos núcleos de pesquisa e de inovação".

Qualificação da infraestrutura de pesquisa
Na sua saudação aos presentes, Valéria Amorim, representante da FINEP, (foto abaixo à esquerda) destacou o propósito do Governo Federal de lançar editais que ajudem as universidades comunitárias - que tenham ensino de pós-graduação com pelo menos um Doutorado reconhecido pela CAPES e homologado pelo MEC - a qualificar a sua infraestrutura de ensino, pesquisa e extensão. "Esses equipamentos têm impacto no desenvolvimento da pesquisa e o laboratório/instituição recebem o financiamento porque existe uma base de pesquisadores qualificados com potencial para se expandir, com capacidade, inclusive, de fazer pesquisa aplicada. Uma boa universidade comunitária faz bem essa ligação com o desenvolvimento regional. A FINEP é uma Agência de Inovação e investir em uma universidade comunitária é capacitá-la tecnicamente para que a inovação possa acontecer".

O professor Sidnei Moura, doutor em Química e Análises Toxicológicas e coordenador do Laboratório de Produtos Naturais e Sintéticos, (foto acima à direita) fez uma apresentação técnica sobre o que é e para que serve uma Central de Análises em Espectrometria de Massas, elencando os projetos de pesquisa que já se beneficiaram das análise da Central, nessa etapa inicial do novo laboratório. Ele também destacou que a Central fortalecerá a pesquisa e o ensino de pós-graduação, através da realização de análises de moléculas orgânicas dentre elas proteínas (proteômica), metabolitos de plantas em geral, resíduos de pesticidas, drogas de abuso, entre outros os quais fazem parte de diversos projetos de pesquisa em curso na Instituição. "A formação de uma central de análise baseada em espectrometria de massas também vem atender a uma demanda regional por análises químicas voltadas para qualificar a setores regionais estratégicos como o agroindustrial".

O professor Aldo Dillon, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, explica que, "com o espectrômetro de massas, a pesquisa na área de proteínas e metabólitos celulares deverá dar um salto de qualidade, e os dados obtidos poderão ser publicados em periódicos internacionais de maior impacto". Ele também ressalta a qualidade da equipe científica que propôs o projeto, constituída de oito pesquisadores, dos quais cinco são bolsistas de produtividade CNPq.

Conforme o professor Sidnei, "dentre os métodos analíticos para identificação de moléculas orgânicas, a análise de massas moleculares é a que têm tido o maior crescimento sendo inserida de forma multidisciplinar desde a ciência básica até a aplicada ao meio produtivo. Por exemplo, a espectrometria de massas emerge como uma das tecnologias indispensáveis para análise de proteínas com aplicação em várias áreas".

Fotos: Daniela Schiavo.