Jovens Pesquisadores: veja quem se destacou nesta edição.

Sessão de encerramento premia estudantes e propõe uma reflexão crítica sobre a ética na pesquisa.

A sessão de encerramento do XXII Encontro dos Jovens Pesquisadores e IV Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia realizada no final da tarde desta quinta-feira (18), no Bloco J, começou com uma mesa-redonda sobre "Ética na Pesquisa", seguida pela cerimônia de premiação dos estudantes que tiveram seus trabalhos destacados no evento. Além dos cinco estudantes de cada uma das três áreas do conhecimento, foram premiados três bolsistas do ensino médio (PIBIC/CNPq-EM), todos estudantes do CETEC. Com premiação externa, foram destaque: o Núcleo de Estudos em Energia; o Grupo de Caracterização Magnética; o Grupo de Usinagem; o Grupo de Informática e Controle Industrial; o Núcleo de Polímeros; e o Grupo do Instituto de Saneamento Ambiental. A pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação também divulgou a relação de todos os estudantes que se destacaram nas sessões de apresentação oral. No total, foram apresentados 330 trabalhos de iniciação científica e tecnológica.

Veja a relação de todos os estudantes que se destacaram nesta edição do Encontro de Jovens Pesquisadores e da Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia.

Confraternização e distribuição de prêmios
A sessão final do evento foi um momento de confraternização entre estudantes, professores e representantes do setor produtivo da cidade e região, parceiros da Universidade e muitos projetos de pesquisa e apoiadores do Encontro de Jovens Pesquisadores. "A realização de parcerias com o setor privado é fundamental para que a Universidade possa avançar na área da pesquisa e concretizar sua principal diretriz: Excelência, Inovação e Desenvolvimento". Assim, o reitor Evaldo Kuiava agradeceu aos representantes do SIMPLÁS, Jaime Lorandi, do SIMECS, Alexandre Carlos Vanin Netto, e do CERAN, Maria Angela Damian, o apoio e o incentivo à pesquisa realizada por alunos e professores da Instituição. Ele, assim como os demais componentes da mesa, enfatizaram que o futuro da Universidade, das empresas e da sociedade está nas mãos dos jovens. "Vocês irão nos substituir e para isso precisam se preparar bem e a pesquisa lhes dá essa condição." A Universidade prestou uma homenagem às três entidades apoiadoras do evento entregando a seus representantes uma placa de agradecimento. O Grupo de Polímeros também entregou uma placa ao representante do SIMPLÁS pelo incentivo ao grupo.

Três filósofos discutem a "ética na pesquisa" e a responsabilidade dos pesquisadores com o futuro da humanidade.
"Ética na pesquisa" foi o tema da mesa-redonda que contou com a participação do pesquisador da PUC/RS, professor Ricardo Timm de Souza, do reitor Evaldo Antonio Kuiava e do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, José Carlos Köche. Na plateia, professores e estudantes puderam refeletir sobre alguns aspectos importantes das atividades e responsabilidades de quem faz pesquisa.

Os palestrantes procuraram levantar questões sobre a ética na pesquisa e como a pesquisa pode influenciar, no futuro, a vida da humanidade. Para Timm de Souza, "a ética não é uma regra de conduta. Ética é a consciência da responsabilidade. É preciso pensar, antes de fazer, quais serão as consequências." Como exemplo, citou a fabricação da bomba lançada em Hiroshima e a Nagasaki, lembrando que o cientista Alfred Nobel, ao desenvolver nitroglicerina como explosivo, não imaginava que ela viria a ser utilizada para matar.

O pró-reitor José Carlos Köche, enfatizou que na história da humanidade, a ciência já passou por diversos estágios e houve um momento em que se acreditava que tudo poderia ser resolvido pela ciência. "A tecnociência, por exemplo, já trouxe benefícios ao homem em todas as áreas, mas a serviço de quem? Esse é um paradoxo: quanto maior for o processo de desenvolvimento da ciência, maior é o risco para o futuro da humanidade".

Para o reitor Kuiava, "a ética também é uma produção humana. Quando se fala em ética, é preciso pensarmos nas consequência e o que elas irão trazer para as gerações futuras. E a ciência, ela é de fato neutra? É possível uma neutralidade entre ética e ciência? Elas têm que estar juntas. A ética, sem a ciência, deixa de ter conteúdo. Ciência e ética são necessárias”.

Os palestrantes ressaltaram aos jovens pesquisadores que é preciso perguntar-se quais são as possíveis consequências, lá no futuro, com os resultados da minha pesquisa: o compromisso é a ética de responsabilidade para o futuro.

Fotos: Claudia Velho