Pesquisa da revista Amanhã coloca a UCS na 14ª posição entre as companhias mais inovadoras do sul do país.

Ranking divulgado no final de janeiro coloca a UCS na 14ª posição entre as companhias mais inovadoras do sul do país, sendo a 2ª no setor educacional.

No dia 28 de janeiro, a Revista Amanhã divulgou um ranking com as companhias mais inovadoras da região sul do Brasil. Entre elas, em 14º lugar geral, está a Fundação Universidade de Caxias do Sul. No setor da Educação, a FUCS figura em 2º lugar. A cerimônia de premiação deverá ocorrer em abril, em Porto Alegre.

Com o respaldo técnico do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, a pesquisa é feita há 14 anos pela Revista Amanhã e pela Edusys, e os resultados fazem parte de uma edição especial intitulada "Campeãs da Inovação".Participaram da pesquisa as 500 maiores empresas dos estados da região sul, listadas no ranking Grandes & Líderes, elaborado por AMANHÃ e PwC.

Para chegar aos resultados, os promotores da pesquisa aplicaram um questionário com questões que abordavam os seguintes aspectos: estrutura e cultura organizacional; ações com foco no esforço da inovação; criatividade e desenvolvimento inicial; tratamento e orientação à inovação; atitude; e resultados da inovação na organização, a dimensão de maior peso.

Inovação como estratégia institucional
O vice-reitor e pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Odacir Deonisio Graciolli, explica o bom desempenho da UCS no ranking da Revista Amanhã: " A UCS foi a primeira universidade a criar, ainda em 2010, uma pró-reitoria que considerava a Inovação ao lado da Pesquisa, com os setores focados em inovação subordinados a este órgão superior. Essa mudança estrutural na gestão da UCS ocorreu antes do que nas outras principais universidades do estado e antes mesmo de ter ocorrido em órgãos públicos, como na Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. As definições de políticas internas e o alinhamento de setores com este fim, foram medidas importantes para alcançarmos esse resultado", acrescenta.

Leia abaixo, a entrevista com o professor Odacir Deonisio Graciolli, vice-reitor e pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, realizada pelo Setor de Imprensa da UCS.

ENTREVISTA

Como a UCS vê a inovação para o futuro da Instituição?
"A inovação, calcada na pesquisa de excelência, é um dos pilares para o futuro da UCS e como diferencial no mercado. Há diversas instituições de ensino que buscam repassar o conhecimento. Além de disseminar o conhecimento, a UCS também produz e sistematiza o conhecimento. O conceito geral de inovação e definido como uma invenção ou desenvolvimento que chega ao mercado, ou seja, se torna um produto ou serviço que contribui para atender a demandas do mercado. Por meio do ensino, da pesquisa e da inovação, a UCS vai continuar a ser protagonista do desenvolvimento econômico e da qualidade de vida, beneficiando a comunidade.

A meta para os próximos anos não é só aumentar a quantidade de projetos de inovação e de patentes de invenção, mas também teremos uma maior transferência de tecnologia. Olhando para o passado, é clara a evolução da UCS neste sentido e podemos esperar um futuro melhor. O depósito de patentes de invenção no exterior e o licenciamento dessas tecnologias irão aumentar e isso trará reflexos positivos para UCS e para a nossa região".

O senhor considera que a inovação seja um diferencial institucional?
"Os projetos de inovação estão geralmente baseados em pesquisa de alta qualidade que, por sua vez, tem envolvimento de professores pesquisadores, mas também de alunos de pós-graduação e graduação dos mais diversos cursos da Universidade. O envolvimento do aluno nos projetos de pesquisa, permite uma formação sólida tanto na parte conceitual quanto nas aplicações dos conceitos, ou seja, equilíbrio entre teoria e prática. Até mesmo os alunos que não participam diretamente nos projetos de pesquisa e inovação se beneficiam por estarem neste ambiente.

Em geral esse é um grande fator de diferenciação entre as universidades e as faculdades, que atuam basicamente em ensino. Nos últimos três anos a UCS sempre esteve no ranking das 50 organizações mais inovadoras do sul do Brasil. Agora ascendemos ao grupo das 20, em função dos resultados que obtivemos. Em 2014 tivemos uma patente de invenção concedida nos Estados Unidos e outras virão este ano. Esse é o diferencial de uma Instituição que desenvolve conhecimento e transfere para a sociedade.

Esse resultado não é simples e rápido. É um processo longo. Uma tecnologia demora de quatro a oito anos para estar pronta. Depois de submetido o depósito da patente de invenção, são mais dois anos aprimorando essa tecnologia. Esse processo todo envolve a atração de professores pesquisadores altamente qualificados, a construção de centenas de laboratórios avançados com dezenas de equipamentos que, individualmente, custam mais de um milhão de reais. Somente a partir de uma estrutura como essa é que se conquistam esses resultados. Hoje temos orgulho de dizer que expressões do tipo "é o único equipamento deste nível no Brasil", "é um dos três que existem no Brasil" – e comumente na América do Sul – é algo comum de ouvirmos quando recebemos pesquisadores de outros estados ou países".

Esse ranking legitima os esforços direcionados à inovação na Instituição?
"Há alguns anos já sabíamos que estávamos entre as três ou quatro universidades mais inovadoras da região sul. Essa posição no ranking mostra que estamos muito bem posicionados. Em 2011 e 2012 estávamos, neste ranking, em uma posição entre 21º e 50º lugar, já que neste grupo não havia distinção. E, no total, haviam apenas três ou quatro universidades da região sul do Brasil. Então, já estávamos bem posicionados. Agora, entramos no grupo superior, com uma posição definida entre todas as organizações da região sul. Esse resultado não vem por acaso, é uma posição conquistada pelo direcionamento e esforço feito anteriormente, que é colhido depois. Esses resultados atestam que estamos no caminho certo".

Fotos: Daniela Schiavo