Jovens pesquisadores apresentam resultados de pesquisas. Eventos de iniciação científica e tecnológica reúnem 336 trabalhos.

Orientador há 23 anos
Para o professor Dr. Ademir José Zattera, do Centro de Ciências Exatas e da Tecnologia, "o evento Jovens Pesquisadores é um momento onde podemos perceber o desabrochar de jovens pesquisadores. A atividade permite que os alunos tenham a experiência de realizar sua primeira apresentação em público". O docente participa do Encontro como orientador de acadêmicos desde 1993 e considera o evento "uma grande oportunidade para os alunos apresentarem seus trabalhos. Os meus melhores alunos se destacaram no evento e hoje atuam na pós-graduação, em cursos de mestrado ou doutorado. Outros atuam em cargos de desenvolvimento de tecnologia em empresas da região, ou são pesquisadores na UCS ou em outras instituições", conclui.

Estágio determinante
A oportunidade de ser bolsista de iniciação científica mudou a vida da Dra. Ana Paula Longaray Delamare, docente do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. "Me considero uma pessoa extremamente curiosa e teimosa - isto mesmo, hoje vejo que é uma grande qualidade. Nunca pensei em trabalhar na área de pesquisa e nem seguir a vocação de meus pais (um bancário e uma professora) e, no momento do vestibular, tive dúvidas como qualquer adolescente. Iniciei vários cursos antes de cursar Biologia. Lembro da minha primeira aula na graduação, na disciplina de Citologia, que tive como mestre Aldo Dillon, hoje meu colega. E, foi logo no fim do meu primeiro semestre, ao conseguir um estágio no Instituto de Biotecnologia, que o meu futuro começou a ser determinado: aprendi que ser muito curiosa e principalmente teimosa era uma das coisas boas", conta. Ana Paula, que orienta vários acadêmicos de iniciação científica que apresentam trabalhos nesta edição do Encontro de Jovens Pesquisadores, recorda de sua primeira apresentação, como bolsista, no Jovens Pesquisadores de 1993. "Daquele dia até hoje, passei por momentos de muitas dúvidas, mas posso dizer que a oportunidade de ser bolsista de iniciação científica mudou a minha vida. Hoje, com meus alunos de iniciação científica vejo que sou responsável por ajudá-los a aprimorar suas qualidades, e que posso ser uma pessoa que faz a diferença na trajetória dos estudantes", finaliza.

Experiência como bolsista
Em 2006, Tomás Augusto Polidoro atuava como voluntário em atividades de iniciação científica no Laboratório de Bioprocessos do Instituto de Biotecnologia e estreava no Encontro de Jovens Pesquisadores com o trabalho "Projeto e Construção de um Biorreator Airlift de Circulação Interna para Cultivo de Aspergillus oryzae em Processo Submerso". Tomás deixou de lado um dos empregos para se tornar estagiário do professor Mauricio Moura da Silveira, tão motivado estava pela disciplina de Bioengenharia. Concluída a graduação em Engenharia Química, Tomás ingressou no mestrado em Biotecnologia e, novamente com a orientação do professor Mauricio, defendeu sua dissertação "Desenvolvimento de Biorreator de Tambor Rotativo em Escala de Bancada", em dezembro de 2009. Atualmente, Tomás é docente do Centro de Ciências Exatas e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UCS. Quase dez anos depois da sua primeira participação no Encontro de Jovens Pesquisadores, Tomás recorda a sua primeira experiência na iniciação científica e de como aquele primeiro trabalho contribuiu para pavimentar sua trajetória acadêmica e profissional. Na época, aquele trabalho fez parte de uma tese de Doutorado e rendeu a sua participação em uma publicação internacional em conceituada revista da área. "Isso contou pontos quando realizei o concurso para professor na UCS, mas também não posso deixar de mencionar que os conhecimentos adquiridos enquanto bolsista serviram de base para minha dissertação de Mestrado, que se transformou no registro de uma patente. Agora, cursando o Doutorado, voltei a trabalhar com o desenvolvimento de um biorreator airlift, mas com o foco e a objetividade que só a experiência nos proporciona", salienta.