Tamanho da fonte: 

O artigo apresenta uma análise bibliométrica da literatura internacional sobre imóveis sustentáveis e o comportamento geracional na decisão de compra de moradias nos últimos 20 anos, abrangendo estudos das bases Scopus e Web of Science entre 2005 e 2025. Observou-se crescimento expressivo da produção científica a partir de 2016, com destaque para discussões sobre eficiência energética, motivações de consumo, barreiras econômicas, dispersão entre autores e periódicos, e predominância de enfoques técnicos e comportamentais. A revisão ressalta a importância de abordagens diversificadas, evidenciando a relevância da sustentabilidade no planejamento urbano e a necessidade de políticas públicas baseadas em dados detalhados de consumo energético, que alinhem inovação às preferências geracionais e superem obstáculos como custo inicial elevado, falta de incentivo e informação. O estudo indica que as gerações Y e Z atribuem maior valor à sustentabilidade, mostrando maior disposição a investir em moradias ecoeficientes e tecnologias inteligentes, enquanto a geração X mantém postura mais pragmática, buscando retorno claro e segurança no desempenho das soluções. Ao mapear lacunas e tendências, o artigo aponta que a produção acadêmica deve integrar aspectos econômicos, ambientais e sociais, promovendo práticas de mercado acessíveis e adaptadas a diferentes perfis geracionais. Essas conclusões reforçam que a sustentabilidade não deve ser um luxo, mas sim um novo padrão mínimo para a construção civil, buscando equilíbrio entre inovação e viabilidade econômica em um setor responsável por grande parte do consumo de recursos e emissões de gases de efeito estufa.