Última alteração: 2025-10-21
Resumo
A arquitetura de vinícolas desempenha papel estratégico ao articular aspectos produtivos, enoturísticos e identitários, exigindo soluções que integrem funcionalidade, sustentabilidade e valorização cultural. Este artigo tem como objetivo identificar elementos arquitetônicos relevantes para a elaboração de projetos de vinícolas, com foco na Serra Gaúcha, principal região vitivinícola do Brasil. Adotou-se como metodologia a revisão narrativa de literatura, a partir de fontes científicas, históricas e técnicas, que permitiram sistematizar informações sobre a evolução da vitivinicultura, a consolidação das Indicações Geográficas e as contribuições do design arquitetônico para a experiência do vinho. Foram analisados exemplos nacionais e internacionais, especialmente na Itália, Espanha e Portugal, países em que a arquitetura vinícola se consolidou como expressão cultural e instrumento de diferenciação territorial. Os resultados indicam que diretrizes projetuais relacionadas à implantação, funcionalidade dos fluxos, sustentabilidade, volumetria e estética são determinantes para a qualidade espacial e simbólica das vinícolas. Destaca-se ainda a relevância do uso de materiais locais e de soluções bioclimáticas, que reforçam a identidade regional e minimizam impactos ambientais. Conclui-se que a arquitetura vinícola pode fortalecer a competitividade da Serra Gaúcha, ao aliar tradição e inovação, contribuindo para a valorização do patrimônio cultural e para a consolidação da vitivinicultura brasileira no cenário global.