Conferências UCS - Universidade de Caxias do Sul, XXV MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO

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ANÁLISE DA RECIPROCIDADE TARIFÁRIA NO COMÉRCIO ENTRE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS
Paulo Vítor Fraga Soares, Guilherme Bergmann Borges Vieira

Última alteração: 2025-10-05

Resumo


O comércio internacional tem se consolidado como uma ferramenta estratégica na definição das relações de poder entre nações, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, os Estados Unidos emergiram como a principal liderança econômica do Ocidente e, posteriormente, com o fim da Guerra Fria, ampliaram seu campo de influência tanto no Ocidente quanto em partes do Oriente. Com a eleição de Donald D. Trump em 2016 e, posteriormente, em 2024, instaurou-se uma política comercial marcada pela imposição de tarifas a diversos parceiros históricos, incluindo o Brasil, sob o argumento de ausência de reciprocidade tarifária. Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo analisar a reciprocidade tarifária entre Brasil e Estados Unidos, identificando possíveis assimetrias nas alíquotas aplicadas aos principais produtos da pauta bilateral. Para isso, adotou-se uma pesquisa aplicada, descritiva e quantitativa, baseada em análise documental de dados obtidos em fontes oficiais, como o Portal Siscomex, a Harmonized Tariff Schedule (HTS), o Comex Stat e o U.S. Census Bureau, examinando as alíquotas em todas as fases do chamado “tarifaço”. Os resultados evidenciaram discrepâncias no comércio: inicialmente, o Brasil apresentava maior média tarifária e um número mais elevado de produtos com alíquotas superiores. Contudo, após a aplicação das tarifas de reciprocidade pelos Estados Unidos, o cenário se inverteu, revelando que as distorções no comércio não foram totalmente corrigidas pelas medidas americanas.

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