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O trabalho, desde os primórdios da humanidade, ocupa papel central na vida das pessoas e, para além de sua função produtiva, é permeado por condições que podem tanto promover adoecimento quanto favorecer o bem-estar. O contexto laboral, assim, configura-se como elemento essencial para a manutenção da saúde mental e física. Objetivo: investigar em que medida a organização do trabalho e os fatores psicossociais influenciam a saúde mental dos trabalhadores em diferentes contextos. Método: revisão bibliográfica integrativa realizada a partir de artigos científicos, relatórios institucionais e documentos normativos, localizados nas bases SciELO e PePSIC, além dos materiais da disciplina Processos de Gestão, Risco e Saúde dos Trabalhadores (Mestrado em Psicologia/UCS). Resultados: evidenciou-se a relevância de diferenciar fatores psicossociais de risco (p. ex., sobrecarga, falta de autonomia, conflitos e deficiências de liderança) e de proteção (p. ex., apoio social, liderança positiva, significado do trabalho), destacando sua influência direta no bem-estar e no desempenho. Foi elaborado quadro comparativo que sintetiza os principais achados da literatura, permitindo visualizar convergências e divergências entre autores. Conclusão: a abordagem dos fatores psicossociais demanda visão holística que considere os sujeitos em sua totalidade e reconheça a importância das relações sociais, da gestão participativa e do suporte institucional. Promover saúde no trabalho vai além da prevenção de doenças: implica possibilitar que o trabalhador encontre sentido em sua atividade, sinta-se pertencente e valorizado, construindo trajetórias de realização e bem-estar.