Avaliação Quadrienal da CAPES confirma qualidade dos mestrados e doutorados da UCS.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 30/09/2017 | Editado em 02/10/2017

Cinco programas de pós-graduação elevaram seus conceitos:  o programa de pós-graduação em Administração passou para conceito 5, e os programas de Filosofia; História; Ensino de Ciências e Matemática; e de Engenharia de Processos e Tecnologia passaram para conceito 4. 

A Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou no dia 19 de setembro os resultados da Avaliação Quadrienal dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu do País, realizada a partir da coleta, tratamento e informatização dos dados obtidos nos últimos quatro anos.

Exceto os programas que iniciaram suas atividades há menos de quatro anos – Ciências da Saúde e Engenharia de Produção – todos os demais programas de pós-graduação da Universidade passaram pela avaliação e cinco deles elevaram seus conceitos: o programa de pós-graduação em Administração passou para conceito 5, e os programas de Filosofia; História; Ensino de Ciências e Matemática; e de Engenharia de Processos e Tecnologia passaram para conceito 4. Veja aqui a relação completa dos programas e o conceito de cada um.

Com dezoito programas que reúnem 24 cursos, 16 de Mestrado e 8 de Doutorado, em diferentes áreas do conhecimento, a UCS, alcançou, a partir dos resultados obtidos na Avaliação Quadrienal, a média geral 4, considerando-se apenas o universo das instituições públicas e privadas do país que possuem dez ou mais programas de pós-graduação. Nesse contexto comparativo, a maior média obtida foi 5,42.

A evolução da pós-graduação stricto sensu na UCS

Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Nilda Stecanela, os resultados da avaliação confirmam as expectativas da gestão e respondem ao investimento institucional que vem sendo feito ao longo dos últimos 20 anos no processo de consolidação da pesquisa e da pós-graduação na Universidade.

De 1993 – quando foi criado o Mestrado em Biotecnologia, o primeiro curso de pós-graduação stricto sensu da UCSaté 2000, desenvolveu-se a primeira geração da pesquisa e pós-graduação, e foi um tempo de incubação de projetos institucionais nessa área. De 2001 a 2010, viveu-se um momento de efervescência, com a implantação de sete novos cursos de pós-graduação resultantes da ampliação e qualificação da pesquisa desenvolvida na Instituição. Entre 2011 e 2017, houve um novo avanço com a implantação de quinze novos cursos, que decorriam da consolidação da pesquisa institucional expressa no número significativo de projetos de pesquisa e de pesquisadores, no número de patentes registradas em nome da UCS e na interação com o setor público e empresarial.  Foi nesse contexto que a Universidade inaugurou, em dezembro de 2015, o Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da UCS, o TecnoUCS, que trouxe consigo uma ênfase maior aos programas voltados para fortalecer o espírito criativo, a inventividade e o empreendedorismo, colocando a Universidade em um novo fluxo de conhecimento, em articulação com os diferentes atores do desenvolvimento econômico e social.

“Considerando o histórico e a evolução da pós-graduação em nossa Universidade, que nasce e se desenvolve entrelaçada à pesquisa e à produção de conhecimento científico, tecnológico, cultural, humanístico e artístico, e que, por força da sua missão institucional, deve ser colocado a serviço da comunidade, podemos afirmar que, neste momento, nos situamos no limiar de uma nova geração da pós-graduação e pesquisa.

Agora, o desafio é nos consolidarmos como uma Universidade forte em pesquisa sustentada no conhecimento, capaz de oferecer uma formação pessoal e profissional voltada para a criatividade em que, como nos ensina o renomado sociólogo Domenico de Masi, a inspiração, a rapidez das decisões, a flexibilidade, a capacidade de socializar, a tendência para a revolução científica e estética contam pelo menos tanto quanto os conhecimentos técnicos e a habilidade prática”. Nilda Stecanela, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação.

Para a pró-reitora, o conceito 4 da pós-graduação da UCS, mais do que uma nota baseada em comparativos com as demais IES, é um recorte da trajetória de quase 25 anos da pós-graduação e da pesquisa na UCS. “Só chegamos até aqui porque tivemos a dedicação de muitas pessoas, que formam uma comunidade, na qual se unem centenas de professores, pesquisadores, técnicos e gestores e os 1.150 estudantes que hoje estão matriculados nos nossos  dezoito programas de pós-graduação, e aos quais se juntam ainda os 1494 mestres e os 90 doutores titulados pela Universidade, entre 1995 e 2017. Em comum todos comungam dos mesmos desejos e aspirações: progredir, seja no nível pessoal, profissional, institucional e social, através da formação avançada em uma determinada área de atuação e utilizar essa formação para fazer avançar o mundo através do compartilhamento de conhecimento e saberes”.

O futuro pede novas semeaduras 

Com a verticalização da pesquisa, que se insere nos cursos de graduação através dos programas de iniciação científica e tecnológica, transpassa os programas de pós-graduação, os núcleos de Pesquisa e de Inovação e Desenvolvimento, os grupos de Pesquisa do CNPq, os institutos, os projetos de pesquisa institucionalizados, e chega até a comunidade na forma de novas ideias, produtos e processos ou na prestação de serviços qualificados ao setor público ou empresarial, pode-se afirmar que a Universidade de Caxias do Sul inicia uma nova geração da pós-graduação, em que se faz necessário “novas semeaduras, novos enraizamentos que possam dar conta do futuro. Do futuro das pessoas. Do futuro da Universidade. Do futuro dos países. Do futuro da humanidade”. Assim a pró-reitora sintetizou os desafios que se impõem à equipe de coordenadores dos programas que tomou posse em julho deste ano (foto abaixo) e que tem o compromisso de administrar a condução dos programas pelos próximos dois anos.

Coordenadores dos programas de pós-graduação com a pró-reitora Nilda Stecanela e o reitor Evaldo Kuiava, na cerimônia de posse em julho deste ano.

E, sobre o futuro, a pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação já trabalha conjuntamente com a coordenação dos programas que receberam o conceito 4 para a construção dos projetos dos novos cursos de Doutorado. “A partir deste ano, com a criação do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Educação Superior (PROSUC/CAPES),  a gestão da pós-graduação ganha mais flexibilidade, no que se refere aos recursos disponíveis pela CAPES para a concessão de bolsas de estudo e taxas para os estudantes de mestrado e doutorado. No momento, a Universidade oferece 220 bolsas de estudos de agências externas de fomento (CAPES e FAPERGS) e 91 oferecidas com recursos próprios”, informa a pró-reitora.

Além da avaliação externa realizada pela CAPES, a pró-reitora também aponta o destaque que a pós-graduação da Universidade ganha com o desempenho de professores e estudantes em eventos científicos nacionais e internacionais. “Somente, no mês de outubro, três professores de pós-graduação  –  Asdrubal Falavigna, de Ciências da Saúde; Sérgio Haddad, da Educação; e Suzana Maria De Conto, de Turismo e Hospitalidade – serão premiados em eventos nacionais”.

Ela lembra também que, pelas regras da CAPES, programas de pós-graduação com conceito 5 possibilitam à Universidade levar solidariamente cursos de mestrado (MINTER) ou doutorado (DINTER) a localidades onde não há essa modalidade de ensino, estabelecendo acordos interinstitucionais com entidades educacionais. Sem esquecer que os programas de pós-graduação com conceito 5 também dão à Universidade a possibilidade de disponibilizar à totalidade da sua comunidade acadêmica as bases de dados do Portal de Periódicos da CAPES que reúnem a produção científica mundial em todas as áreas do conhecimento.

“Se nas gerações anteriores o foco da pesquisa e da pós-graduação esteve na produtividade científica, talvez, os novos tempos exijam uma sintonia mais estreita com o impacto no cotidiano do entorno da região de abrangência da Universidade, talvez as contribuições da pesquisa e da pós-graduação possam fortalecer e aprofundar o que sempre esteve presente, desde o princípio de nossa Instituição: o investimento nos processos de humanização, a formação humana.

Talvez, o investimento no presente e no futuro requisite a transposição do individualismo, para o trabalho em cooperação e para a convivência social. E, mais, se nos tempos mais remotos, as universidades exerciam um poder político, talvez, nos tempos atuais de nosso país, possamos fortalecer o nosso poder social e científico, de modo que nossas reflexões possam, de alguma forma, contribuir para transformação da vida das pessoas e das organizações, em direção à humanização”.

Fotos: Claudia Velho