Investigar como os ambientes de inovação, por meio dos parques científicos e tecnológicos, podem auxiliar na sustentabilidade econômica das universidades empreendedoras. Esse é o objetivo da doutoranda no Programação de Pós-Graduação em Administração,  Cassiane Chais, que desenvolve um período de estudos no TEC – Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey.

Cassiane Chais – natural de Gentil (RS) – é bolsista da CAPES na modalidade integral e está desde agosto em Monterrey realizando seus estudos como bolsista do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior da CAPES/PDSE, com a orientação do professor Dr. David Güemes-Castorena. Ambos são membros do Grupo de pesquisa Núcleo de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade, vinculado do Programa de Pós-Graduação em Administração e coordenado pelo professor Dr. Pelayo Munhoz Olea. Cassiane explica que a parceria com o professor David deve-se ao interesse em pesquisar sobre o tema e “isso demonstra nosso esforço em internacionalizar nossas pesquisas”.

Para realizar sua pesquisa, Cassiane realiza entrevistas com especialistas do Tecnológico de Monterrey (TEC) sobre como os parques tecnológicos podem ser uma alternativa para a sustentabilidade econômica das universidades empreendedoras. “O TEC Monterrey conta, atualmente, com 12 parques tecnológicos. Ter a experiência de compreender e analisar o funcionamento dessa estrutura dentro de uma universidade realmente empreendedora é um cenário desafiador para a minha tese”. Ela tem realizado visitas técnicas em parques tecnológicos e incubadoras de empresas para analisar essa interação e, além disso, tem participado de eventos científicos, que “têm auxiliado no entendimento de como os resultados da pesquisa podem gerar publicações internacionais”, ressalta.

Seu orientador no México, professor Dr. David Güemes-Castorena, explica que Cassiane tem trabalhado em sua pesquisa de Tese Doutoral entrevistando diferentes atores no ecossistema de pesquisa e desenvolvimento tecnológico do Tecnológico de Monterrey. Já entrevistou diversos diretores, como do escritório de parques tecnológicos, do escritório de transferência de tecnologia e também outros diretores que trabalharam na gestão dos parques. Na sua pesquisa, ela teve que adaptar seu instrumento para a realidade desta instituição, bem como na língua espanhola. Cassiane enfrenta um desafio interessante: conhecer, dentro do ecossistema de inovação, o papel dos parques tecnológicos em uma universidade multicampus que muda constantemente”.

Todas as quintas-feiras, a doutoranda se reúne com um grupo de pesquisa liderado pelo professor Dr. Francisco Javier Carrillo, composto por alunos de doutorado e por empresários e professores interessados nos temas em discussão, como tecnologia, inovação, conhecimento, entre outros. “Essas reuniões têm auxiliado no entendimento dos temas e do papel do pesquisador no contexto da interação universidade-empresa”, afirma Cassiane.

“Esse é um momento de intercâmbio cultural, profissional e pessoal. Vivenciá-lo por quatro meses é enriquecedor e é um diferencial para a pesquisa da minha tese. Espero poder agregar contatos para minhas pesquisas futuras e sempre manter o vínculo de pesquisa com os professores e a universidade em que estou vivendo. Além do TEC ainda tenho mais três casos de estudo que serão investigados no meus retorno: a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)”, conclui.

Foto: Arquivo Pessoal