A participação total de jovens no mercado formal de trabalho caxiense foi de 35,5%, em 2014. O índice aponta uma diminuição de representação do grupo entre 17 e 29 anos na força laboral de Caxias do Sul. O dado divulgado pelo Observatório do Trabalho da UCS é o menor já registrado desde 2007, quando iniciou a série histórica, e faz relação com o fechamento de postos de trabalho, especialmente, entre o público mais novo. Em 2014, a faixa entre 18 e 24 anos computou o fechamento de 2.421 empregos.

O Boletim Anual Juventude e Mercado de Trabalho foi apresentado na tarde desta terça-feira, dia 16 de agosto, na Sala Sincontec, no Bloco J, por pesquisadores da Universidade, e lista algumas motivações que ajudam a explicar o decréscimo estrutural de representação desse grupo no mercado de trabalho. A diminuição de jovens entre a própria população, que se expressa no envelhecimento geral da sociedade, é uma delas. O Boletim ressalta ainda que a ampliação da escolaridade provoca um atraso no ingresso da faixa etária no mercado de trabalho. Mais preocupante, porém, é a migração da mão de obra para a informalidade.

Os índices do Boletim foram compilados principalmente da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, de 2014 – último ano com dados consolidados. Nesse contexto, em Caxias do Sul, foram registrados 178 mil trabalhadores. Do total, 35,5% dos postos de trabalho são ocupados por jovens (63,2 mil pessoas, em números absolutos).

Historicamente, a participação de jovens no mercado de trabalho formal em Caxias do Sul é superior a do Rio Grande do Sul e do Brasil. Essa diferenciação, no entanto, tem diminuído. Na comparação com outras faixas etárias, os jovens trabalham mais, especialmente o grupo de 25 a 29 anos, que apresenta jornada de trabalho de 42,1 horas semanais. Mesmo com maior carga horária, a remuneração média é menor.

Ao final do documento, o Observatório do Trabalho traz informações sobre o ocupação de estagiários. Na região metropolitana da Serra gaúcha, o percentual de alunos que realizam estágio é inferior ao registrado no Brasil. Por aqui, 14,2% dos alunos de graduação se inserem nessa forma de ocupação, enquanto que, em nível nacional, o índice é de 25,5%.

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