Doações farão parte da reabilitação dos pacientes

Mais do que um estímulo à concentração das crianças nos exercícios de reabilitação, os brinquedos podem fazer a diferença nos resultados da fisioterapia infantil. No entanto, a Clínica de Fisioterapia da UCS (CLIFI) encontrava dificuldades em renovar os itens do espaço. Muitos brinquedos, quebrados e defasados, prejudicavam o envolvimento das crianças com o tratamento.
Diante dessa necessidade, o Diretório Acadêmico (DA) do curso de Fisioterapia da Universidade resolveu agir. Mobilizando acadêmicos, amigos, familiares e as redes sociais em uma campanha de arrecadação iniciada no final de julho, o grupo conseguiu arrecadar em torno de 400 brinquedos e, assim, praticamente renovar o estoque do espaço de fisioterapia infantil.
O acadêmico de Fisioterapia e integrante do DA Eric Rodrigues da Silva explica que a iniciativa pretendeu melhorar o local de prática dos alunos e, também, a dinâmica de atendimentos para as crianças. “O envolvimento lúdico é fundamental para o sucesso dos exercícios e, graças à ajuda de tanta gente, conseguimos brinquedos muito bons, que, muitas vezes, as crianças que frequentam a clínica não possuem em casa”, afirma. Ainda segundo Eric, brinquedos de pelúcia, que não se encaixam nas necessidades fisioterápicas, serão encaminhados aos pacientes do Hospital Geral.

O brincar levado a sério

O fisioterapeuta Juan Bolivar Peña, que atua na CLIFI, explica que, no caso das crianças, o êxito do processo de recuperação e de reabilitação está diretamente ligado ao ato de brincar. “É fundamental integrar atividades lúdicas aos exercícios de fisioterapia pois, assim, despertamos o interesse delas brincando, algo que faz parte da sua rotina. O resultado é o estímulo mais eficiente do aspecto psicomotor”, explica.
A Clínica de Fisioterapia da Universidade de Caxias do Sul – CLIFI é especializada no tratamento e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência física. Com área de abrangência de 49 municípios, todo o atendimento é prestado via SUS. Em média, são 2,3 mil atendimentos ao mês. Atualmente, a Clínica é um dos oito centros de reabilitação do estado. As crianças atendidas no espaço, geralmente, têm sequelas de paralisia cerebral e idades entre de 2 e 6 anos.

Fotos: Josmari Pavan.