UCS e Marinha do Brasil encaminham realização de projetos conjuntos.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 04/11/2016 | Editado em 18/02/2019
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Reitor Evaldo Kuiava destacou expertise da Universidade em pesquisa e inovação como meio de contribuição para o desenvolvimento, em conjunto com os setores público e privado.

Pesquisas da Universidade em polímeros, fibra de carbono e sobre eliminação de CO² (aplicável em ambientes confinados) despertaram interesse de especialistas da força naval

Pesquisas em polímeros, geração e eliminação de CO² e sobre fabricação em fibra de carbono, executadas por laboratórios da Universidade de Caxias do Sul dentro do conceito do Parque de Ciência Tecnologia e Inovação – TecnoUCS, chamaram a atenção de gestores e pesquisadores da Marinha do Brasil em visita ao campus-sede ao longo desta quinta, dia 3. A aproximação vai resultar na assinatura de um protocolo de intenções para a execução de projetos conjuntos, em especial para o desenvolvimento, pela Universidade, de soluções aplicáveis ao Programa Nuclear da força naval brasileira.

Uma comitiva de nove oficiais das áreas de relações institucionais, parcerias estratégicas e pesquisa da Marinha participou de um encontro com o reitor Evaldo Kuiava, o vice-reitor e pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Odacir Graciolli, e gestores de pesquisa e inovação da UCS seguido de um roteiro de visitas pelo Instituto de Medicina do Esporte (IME), pela Clínica de Fisioterapia da Universidade e pelos laboratórios de Reologia, Tecnologia Ambiental, Polímeros, Ensaios Mecânicos, Prototipagem Rápida e de Microscopia. Também foram apresentadas as ações da Universidade em Biotecnologia e estudo das águas, bem como o projeto Lacos, de mapeamento das lagoas costeiras do Rio Grande do Sul.

Na abertura do encontro, o reitor destacou a inserção da UCS no modelo de tríplice hélice aplicado no mundo todo, pelo qual a Universidade, por por meio do TecnoUCS, se enquadra ao aliar-se aos setores público e empresarial na construção de soluções para as necessidades da sociedade. “Quando se unem governos, universidades e empresas podemos fazer muito mais pelo desenvolvimento do país”, pontuou Kuiava.

Já o pró-reitor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico conceituou o parque como meio para que a pesquisa científica desenvolvida na instituição resulte em produtos, processos e serviços inovadores, implementados por entes públicos ou por empresas. “Não queremos competir com os profissionais que formamos, mas oferecer serviços que só uma Universidade pode desenvolver”, ponderou Graciolli, lembrando que a instituição atualmente gere R$ 50 milhões de investimentos externos em pesquisa.

Contra-almirante Paulo Roberto Xavier confirmou intenção de assinatura de acordos de cooperação com a Universidade.

Submarino de Propulsão Nuclear

Ao apresentar a estrutura e ações em ciência, tecnologia e inovação da força naval, o contra-almirante Paulo Roberto Xavier, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, destacou as parcerias estratégicas com empresas e instituições de todo o Brasil, entre as quais outras universidades gaúchas, com as quais são desenvolvidos produtos e serviços para projetos nas áreas de engenharias, tecnologia digital, materiais especiais e biologia molecular, entre outras.

Atualmente, um dos mais destacados é a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear do país – apenas cinco países do mundo contam com equipamento desse tipo, e a tecnologia não é transferida de uma nação para outra. Devido a estudos na área, a Marinha tornou-se referência sobre o setor nuclear no Brasil. De acordo com o oficial, isso assegura que os projetos desenvolvidos tenham aplicação em outros segmentos além do militar, com o de energia e a medicina.

Projetos com a UCS

De acordo com Xavier, o protocolo de intenções a ser firmado com a UCS, com data a ser definida conforme os ajustamentos jurídicos, permitirá a definição de um plano de trabalho em projetos específicos, visando à contribuição da Universidade, sobretudo, com o programa do submarino nuclear. Os estudos para a fabricação de componentes em fibra de carbono, já em desenvolvimento, com a participação da UCS, no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, objetiva à criação de componentes para hélices submarinas. Os compósitos de polímeros permitem várias aplicações na embarcação militar, enquanto as pesquisas feitas no Laboratório de Tecnologias Ambientais (LATAM) da UCS podem contribuir com o aperfeiçoamento dos sistemas de geração e eliminação de CO² e renovação de oxigênio em ambientes confinados.

Além destas áreas, a expertise da Universidade em Biotecnologia, estudos de águas, desempenho humano e Saúde também podem resultar em projetos para as áreas de desenvolvimento da Marinha.

Fotos: Claudia Velho