Estudantes do CETEC conquistam premiação importante em uma das principais Feiras Científicas da América Latina
As alunas garantiram o 3º lugar na área de Ciências Humanas da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, a Febrace.
No último sábado (26/03), um grupo de três estudantes do CETEC foi reconhecido como destaque durante a Cerimônia de Premiação da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, a Febrace. As alunas Manuela Teles da Roza, Laura Elizama Silveira Calgaro e Gabriela Priscila da Silva conquistaram o 3º lugar na área de Ciências Humanas.
As meninas são as autoras do trabalho intitulado “Estudo comparativo dos desenvolvimentos sociais e econômicos indígenas nas tribos dos Kaingang (Farroupilha) e Caingangues (Erechim), entre os anos de 1930 a 2020” foi orientado pelas professoras Deise Angélica Pasquali e Beatriz Catharina Messinger Bassotto.

O projeto foi apresentado pela primeira vez na 8ª Mostra Científica e Tecnológica do CETEC, em 2020, onde garantiu uma credencial para a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), realizada no mesmo ano. Na Mostratec, foi contemplado com o primeiro lugar na área de História e Ciências Sociais, além de conquistar credencial para a Infomatrix Brasil, o prêmio CNPq e uma publicação de artigo na revista científica Scientia Prima. Em setembro de 2021, o grupo apresentou a pesquisa na Infomatrix Brasil, onde conquistou medalha de ouro, credencial para a Febrace e uma credencial para a Infomatrix Mundial. Após o 3º lugar na área de Ciências Humanas da Febrace, o grupo se prepara para as finais da Infomatrix Mundial, que acontece em junho deste ano.
Segundo a professora Deise Angélica Pasquali, o projeto nasceu ainda nas férias, quando as estudantes iniciaram um processo para contribuir para que os indígenas fossem vistos com maior respeito e consideração pela comunidade: “Procuramos todos os recursos em pleno ano de pandemia com entrevistas e diversas pesquisas. Realizamos várias reuniões e hoje percebemos como tudo valeu a pena”, aponta Pasquali. Para ela, a participação nas mais diversas mostras e os sucessivos prêmios reconhecem a qualidade do trabalho desenvolvido. A professora Beatriz Catharina Messinger Bassotto afirma que a orientação dos trabalhos também é uma grande oportunidade para os professores: “Acompanhar os projetos de pesquisa desenvolvidos pelos alunos permitem que nós, professores, possamos ir além da sala de aula, pois o aprendizado se faz também nas trocas com outras escolas e instituições e seus participantes”, conclui.

A aluna Manuela Teles da Roza afirma que participar da Febrace foi uma experiência feliz e desafiadora, pois a cada nova etapa eram provocadas a repensar suas ideias: “Isso nos fez amadurecer a pesquisa, que já completa dois anos de aprofundamento. Cada comentário, levantamento e consideração enriqueceu ainda mais o projeto e a nossa visão de mundo”, diz a jovem pesquisadora.
Segundo a estudante Gabriela Priscila da Silva, as premiações são sempre cheias de surpresas e emoções, que vêm acompanhadas do sentimento de realização e gratidão pelos anos de dedicação ao trabalho: “A Febrace nos oportunizou a vivência de estarmos juntas novamente para defendermos uma causa que tanto acreditamos. Por esse motivo, os prêmios, honras e méritos são apenas consequências. É com esse carinho que olhamos para toda a nossa trajetória até aqui”, pontua a aluna.
Na mesma linha, a estudante Laura Elizama Silveira Calgaro vê como grandiosa a evolução do trabalho e do pensamento das jovens pesquisadoras, desde a idealização e escolha do tema até o momento presente: “Nessa trajetória, pudemos ter contato com os costumes, a organização social, educacional, econômica das tribos, o que nos fez vislumbrar a realidade dessa população esquecida e julgada pela sociedade e perceber o quão rica é a sua cultura. A partir dessa percepção, nós, estudantes, conseguimos promover conversas, levantar discussões e incentivar a reflexão sobre esse assunto tão necessário nos dias atuais. Além disso, a troca de experiências e as sugestões que nos foram dadas trouxeram à tona pontos pertinentes que não havíamos abordado e analisado, ocasionando, assim, o engrandecimento e aperfeiçoamento da pesquisa. É gratificante ver o caminho que percorremos, as proporções que o projeto tomou e o quanto crescemos como estudantes, mas, principalmente, como seres humanos após essa pesquisa”, conclui Calgaro.
Para o professor Gustavo Rubbo Siqueira, coordenador do CETEC Ciência, a participação em um evento desse porte já é um grande aprendizado, mas conquistar uma premiação é um reconhecimento valioso no campo científico: “A Febrace é uma das feiras científicas mais importantes da América Latina, com participantes de todo o mundo que pesquisam nas mais diversas áreas. O reconhecimento do trabalho das meninas com o 3º lugar na área de Ciências Humanas nos enche de orgulho e nos motiva a continuar incentivando a pesquisa e a inserção no universo científico”, aponta o docente.
Sobre a Febrace
Em 2022, três trabalhos do CETEC participaram da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, a Febrace. O evento nacional de estímulo à cultura científica, à inovação e ao empreendedorismo na educação conta com a apresentação de diversos projetos científicos de todas as áreas do conhecimento, desenvolvidos por estudantes do ensino básico e técnico de todo o Brasil e também do exterior.
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