Soltura do felino de espécie ameaçada de extinção no Brasil e do cervídeo ocorreu nesta terça-feira, 14 de novembro

Na terça-feira, 14 de novembro, profissionais do Jardim Zoológico e do Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET) da Universidade de Caxias do Sul que acolhiam um exemplar de gato-maracajá (Leopardus wiedii), espécie ameaçada de extinção no Brasil, viram o animal retornar à natureza. Com aproximadamente seis meses de idade, o felino selvagem chegou à Instituição encaminhado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul (SEMA).

Resgatado no dia 1º de setembro pela equipe do 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM), em São Francisco de Paula, o gato-maracajá foi direcionado à Instituição por conta do serviço especializado prestado à animais silvestres e pelas estruturas compatíveis para tratamentos. De acordo com o médico veterinário e responsável técnico pelo Zoo da UCS, Gabriel Guerreiro Fiamenghi, o filhote, que não apresentava nenhuma lesão, foi acomodado no setor extra de reabilitação até passar pela transição alimentar e atingir idade suficiente para ter condições de sobreviver sozinho na natureza. O animal também passou por testes para FIV e FeLV, doenças virais de felinos domésticos, e o resultado foi negativo.

Essa não é a primeira vez que exemplares da espécie são acolhidos pela UCS e retornam à vida livre. Em dezembro de 2022, após ficar quase um mês sob os cuidados das equipes da Instituição, um felino silvestre foi solto no interior da cidade de São Marcos. Em fevereiro deste ano, a UCS aplicou novamente a expertise em benefício à saúde dos animais. Após passar por avaliação, um gato-maracajá que foi resgatado no bairro Forqueta, em Caxias do Sul, foi encaminhado para a soltura na natureza no mesmo dia.

Veado catingueiro retorna à vida livre

Uma fêmea de veado catingueiro (Mazama guazoubira) retornou à natureza no dia 14 de novembro, após ficar sob os cuidados das equipes do Jardim Zoológico e do Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET) da UCS por uma semana. O animal foi resgatado pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar (PATRAM) no bairro Fátima, em Caxias do Sul, e chegou à Instituição com pequenas lesões. Por isso, ficou em observação para prevenção de miopatia de captura, doença comum em cervídeos que passaram por situações de estresse.

Segundo o médico veterinário e responsável técnico pelo ZOO da UCS, Gabriel Guerreiro Fiamenghi, após receber tratamento de suporte com terapia do sono e fluidoterapia para evitar a síndrome (miopatia de captura), o mamífero foi reintroduzido à sua área de origem com base nas coordenadas do resgate. Em agosto, outro veado catingueiro, encontrado no pátio de uma residência em Caxias do Sul, retornou à vida livre depois de passar pelos cuidados das equipes de atendimento à saúde animal da UCS.

Saiba mais sobre a dedicação da UCS com o cuidado e acolhida à fauna silvestre.

Referência em saúde animal

A UCS é referência regional e estadual no acolhimento de animais para tratamento, destinados, protocolarmente, pelos órgãos públicos. A Instituição mantém o Jardim Zoológico com recursos próprios e trabalha em projeto de modernização da infraestrutura do espaço, para o qual busca estabelecer parcerias públicas e privadas. Além disso, a estrutura em saúde animal inclui um Instituto Hospitalar Veterinário, situado entre os maiores complexos de saúde animal do Rio Grande do Sul.

Confira um breve vídeo do gato-maracajá: https://we.tl/t-rhLY6ckXqb

Crédito da foto e do vídeo: Gabriel Guerreiro Fiamenghi