Projetos de conclusão de curso em destaque na Arquitetura e Urbanismo.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 07/07/2017 | Editado em 10/07/2017

Representantes de entidades da área de Arquitetura e Urbanismo elegeram os três projetos de conclusão de curso que mais se identificaram com a região de abrangência da Universidade de Caxias do Sul. 

Três trabalhos de conclusão de curso (TCC) de Arquitetura e Urbanismo foram destacados como projetos que mais estiveram voltados à qualificação urbana e arquitetônica das cidades. A primeira apresentação pública dos TCC, ocorrida no dia 28 de junho, reuniu os formandos do curso e representantes do Núcleo Caxias do Sul do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), da Associação dos Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Químicos e Geólogos de Caxias do Sul (SEAAQ) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RS) que elegeram os projetos que mais se identificaram com a comunidade de Caxias do Sul e região de abrangência da UCS.

DESTAQUES

Giovana trabalhou em seu projeto o conceito do “Ser em meio a natureza”.

Núcleo de Desenvolvimento Humano Vale do Ser – o Ser em meio à natureza, da acadêmica Giovana Luíza Zanette – Utiliza o contato intenso com a natureza para auxiliar e intensificar os tratamentos complementares. Lugar para atendimentos diferenciados, destinado às pessoas em processo de crescimento e reeducação permanente, sem comprometimentos psicológicos, que procura por tratamentos complementares, desligado de aparelhos eletrônicos. Local para meditar, refletir e observar a própria mente e realizar atividades físicas.

Giovana teve a orientação dos professores Erinton Aver Moraes e Dóris Baldissera na realização do seu projeto, cuja proposta é uma nova sede para o Núcleo de Desenvolvimento Humano Vale do Ser, Centro-Escola que já existe em Porto Alegre e Morro Reuter, com consultório e uma sede-sítio. “Atualmente diversas pesquisas científicas já comprovam que nossa saúde física está diretamente ligada à nossa saúde mental. O Núcleo de Desenvolvimento Humano Vale do Ser propõe atividades de meditação, yoga e também tratamentos que visam o autoconhecimento e a introspecção, sendo estas de grande eficiência para alcançar o equilíbrio entre corpo, mente e alma. Desta forma, utilizei o conceito O Ser em meio a natureza,  pois é a natureza que nos faz conectar realmente ao nosso mais profundo eu. O projeto tem como local a cidade de Flores da Cunha, mais especificamente nas Terras Bordin, que possuem como referência a sua cascata e o Mirante Gelain. Utilizando-se da topografia como princípio de organização, de princípios sustentáveis e dos elementos puros em seus aspectos tecnológico e construtivo, a proposta da nova sede procura conversar ao máximo com o ambiente, permitindo que, de forma arquitetônica, o Ser realmente se conecte com a natureza”.

Bárbara desenvolveu o conceito de um complexo quarteirão.

Quadra Aberta – Complexo Quarteirão 07, da acadêmica Bárbara Haas. A proposta busca desenvolver o conceito de quadra aberta através da requalificação de um quarteirão no centro histórico de Caxias do Sul (Quadra nº 07) e da criação de um complexo de uso misto (o Complexo Quarteirão 07, promovendo a ocupação de áreas abandonadas com a criação de um espaço urbano destinado a usuários de diferentes classes, faixas etárias e estilos e desenvolver um plano de intervenção urbana e arquitetônica sustentável na quadra escolhida.

Bárbara Haas foi orientada pelo professor Luiz Merino de Freitas Xavier e explica assim o seu projeto:  “A tipologia urbana quadra aberta busca quebrar a rigidez da quadra tradicional. meu projeto propõe impulsionar a revitalização dos centros urbanos através da ocupação dos espaços adormecidos nos miolos de quadra, abrindo-os para a cidade e criando novas alternativas de percursos e espaços. A ideia é criar espaços de transição entre as esferas pública a privada, aproveitando o miolo da quadra. O quarteirão que foi escolhido para essa intervenção fica na área central de Caxias do Sul e faz parte da malha original da cidade. Localiza-se próximo à antiga Estação Férrea, entre as ruas Os 18 do Forte, Marechal Floriano, Garibaldi e Dal Canale. Hoje se encontra em grande parte desocupado ou subutilizado e seu patrimônio histórico vem se perdendo ao longo dos anos. Existem hoje no local 13 edificações, sendo que dessas, seis encontram-se desocupadas. Por isso, a minha intenção é reintegrar esse espaço ao planejamento urbano da cidade. Com o objetivo de alcançar um projeto urbanístico bem estruturado, e com soluções condizentes com as reais potencialidades e oportunidade da área da quadra, foram estabelecidas algumas intenções de projeto: quadra aberta, requalificação urbana, espaços abertos, patrimônio histórico e uso misto, absorvendo alguns dos usos existentes”.

Thaís projetou habitação de interesse social voltado à população de baixa renda.

Habitação de Interesse Social, da acadêmica Thaís Zimmermann Suzin. Proposta de habitação de interesse social, como forma de recusar a ideia de pequenas habitações repetitivas, distância de equipamentos urbanos, sem identidade, sem preocupação com o contexto cultural e espacial e sem legibilidade.

Segundo Thaís, que também foi orientada pelo professor Luiz Merino de Freitas Xavier, seu projeto traz um conjunto de edifícios habitacionais multifamiliares voltados à população de baixa renda. A oferta de moradia de qualidade a baixo custo, além de diminuir o déficit habitacional, previne invasões e a posterior necessidade de realocação dessas famílias que não possuem condições de adquirir habitação no mercado formal. “Optei por esse tema no intuito de ressaltar a função social da Arquitetura e do Urbanismo, promovendo moradias dignas ao ser humano e devolvendo a vida às ruas ao criar relações com o contexto de inserção e reais possibilidades de convívio urbano. O terreno escolhido localiza-se em Caxias do Sul, no bairro Santa Catarina, em uma Zona de Centro Secundária, estando próximo de Unidades Básicas de Saúde, linhas de ônibus, escolas, praças e parques. O conjunto proposto apresenta materiais de baixo custo e baixa manutenção; plantas baixas flexíveis, ou seja, passíveis de adaptação para diversas configurações familiares e necessidades especiais; uso misto dispondo de salas comerciais, oficinas, escola infantil e residências; além de aplicar princípios de sustentabilidade e vigilância passiva”, explica.