AVALIAÇÃO CAPES: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia alcança nota 5 e está entre os melhores do país na área.

A nota 5 na avaliação da CAPES coloca o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia entre os melhores programas de pós-graduação na sua área. Letras, Cultura e Regionalidade também foi promovido com a nota 4. Os demais programas da UCS foram bem avaliados, mas permanecem com a mesma nota [Leia mais.]

Veja a relação das notas recebidas pelos programas de pós-graduação avaliados pela CAPES.

Leia mais sobre a avaliação trienal de 2010.


A promoção do PPGBio é motivo de comemoração não somente no Bloco 57, mas por toda a Universidade. O coordenador do Programa, Aldo José Pinheiro Dillon, (foto à esquerda), reuniu na noite desta terça-feira (14), estudantes, professores, egressos do programa e autoridades acadêmicas para comemorar a nota 5. Ele explica que entre os critérios mais importantes avaliados pela CAPES na área da Biotecnologia estão a análise do corpo docente (15%), corpo discente(30%), produção intelectual (40%) e inserção social e relevância (15%). "Houve um esforço muito grande por parte dos docentes no sentido de atendermos às exigências da CAPES. "Todos fizeram a sua parte, do professor ao aluno, da coordenação à secretaria. Nosso programa destacou-se, no último triênio, pela produção docente e discente e pelo número de patentes. Para chegarmos à nota 5 fomos muito bem avaliados em todos os quesitos", orgulha-se o coordenador.

Nota 5 é comemorada por professores, alunos e egressos. Leia alguns depoimentos.

Para o coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu, Mauricio Moura da Silveira (foto à direita), membro do corpo docente do PPGBio e seu coordenador entre 98 e 2006, "o nível 5 para um programa significa sua aceitação numa espécie de elite da pós-graduação no Brasil. Com o conceito 5, esperamos que sejam abertos importantes canais para a Universidade, como, por exemplo, o acesso irrestrito ao portal de periódicos da CAPES e uma maior facilidade de obtenção de bolsas - de mestrado a pós-doutorado - das agência públicas de fomento".

Os dois coordenadores concordam que o apoio das sucessivas gestões da UCS ao PPGBio e à pós-graduação como um todo é, sem dúvida, um fator importante para melhorar os resultados das avaliações externas. No entanto, o professor Mauricio Silveira coloca em sua análise uma reflexão que pode servir de inspiração para os demais programas de pós-graduação da Instituição. "Fundamentalmente, o sucesso alcançado resulta da estreita colaboração - quase uma cumplicidade, no bom sentido - que existe entre a coordenação, os docentes e os estudantes do PPGBio, que há muito entenderam ser esta a única forma de trabalho possível. Há uma década, o PPGBio era apenas um curso de mestrado de nível 3, quando nós professores decidimos, ou pactuamos, que não havia nenhum motivo para que renunciássemos à pretensão de estar junto aos melhores do Brasil, (aqui, já falo como um orgulhoso membro do PPGBIO), demos um passo decisivo para qualificar o Programa. Hoje festejamos e amanhã começamos a nossa empreitada em busca do nível 6. Acho que este pode ser um caminho que os demais programas, todos bem mais jovens que o PPGBIO, é verdade, poderiam seguir para progredirem".

Começo
Quem entra em um dos laboratórios do Instituto de Biotecnologia e no Bloco 57, onde se realizam as atividades do PPGBio, depara-se com uma interação profícua entre estudantes - de graduação e pós-graduação -, professores e técnicos. A movimentação nos laboratórios e nas salas de aula tem uma finalidade primordial: a formação de recursos humanos altamente qualificados, capazes de atuar seja no campo do ensino, da pesquisa ou do desenvolvimento científico e tecnológico.

Com duas áreas de concentração: "Biotecnologia aplicada à agroindústria" e "Biotecnologia aplicada à saúde e ao meio ambiente", o Programa mantém nove linhas de pesquisa, onde atuam pesquisadores de diferentes áreas de formação. "A abrangência da biotecnologia pode ser facilmente percebida na amplitude das linhas de pesquisa do Programa, as quais transitam de estudos bioquímicos e genéticos básicos até a aplicação de conhecimentos biológicos na saúde e meio ambiente", explica o professor Sergio Echeverrigaray (foto à direita), que integra o corpo docente desde a implantação do Mestrado.

As atividades de pesquisa em Biotecnologia nas UCS iniciaram-se há mais de 40 anos, destacando-se nessa trajetória a criação do Instituto de Biotecnologia em 1975 e a realização de um primeiro curso de Especialização em Biotecnologia em 1981, coordenado pelo professor Juan Luis Carrau Bononi. Essas ações, pavimentaram a criação do Mestrado (1993) e do Doutorado (2004). "A primeira especialização em Biotecnologia foi primordial para a projeção do Instituto de Biotecnologia em nível nacional e até internacional, assim como proporcionou um aprendizado para todos e o desejo de seguir enfrentando novos desafios", concorda a atual diretora do Instituto de Biotecnologia, Rute Terezinha da Silva Ribeiro.

Novos desafios
O PPGBio chega ao nível 5, computando a titulação de 125 mestres e 15 doutores, com um corpo docente de 20 professores/pesquisadores e cerca de 50 estudantes, que, somente no ano de 2009, responderam por quase uma centena de artigos em periódicos bem avaliados e três depósitos de patentes. Para esse grupo, o desafio que se apresenta agora é consolidar o conceito 5 e buscar para as próximas avaliações o conceito 6. Recentemente, foram contratados seis novos docentes, todos pesquisadores com pós-doutorado e forte inserção internacional. "Para os próximos triênios, temos que estabelecer como meta levar o PPGBIO aos níveis superiores da CAPES, que correspondem à sua inserção no panorama mundial da pesquisa. Quer dizer: mais do que nunca, a proposta de internacionalização da pesquisa da UCS nesta área tem que ser buscada como estratégia indispensável para ascender ao próximo nível", enfatiza o coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu.

Responsável por conduzir o Programa nessa nova etapa de progressão, o coordenador Aldo Dillon detalha os novos compromissos a serem assumidos por todos os docentes: "o Programa deve apresentar maior participação em publicações de impacto acima de B1, correspondendo a A2 e A1, os docentes devem participar de atividades no exterior como palestrantes, revisores ou editores de revistas internacionais, também devem participar de convênios internacionais, captar recursos internacionais e coordenar congressos internacionais".

Gente nova
Em setembro, um novo grupo de estudantes ingressou no PPGBio. Anaméli Lipreri, com formação em Biomedicina pela Universidade Feevale é uma das mais novas mestrandas. Com a experiência de ter realizado atividades de iniciação científica no Centro de Biotecnologia da UFRGS, Anaméli tem como expectativa para os próximos dois anos "obter uma boa qualificação profissional para seguir na carreira acadêmico-científica. Escolhi o Programa de Biotecnologia por ser uma área em constante ascensão e a UCS pela credibilidade que possui".

Fotos: Jonas Ramos