Uma tradução de Everaldo Cescon. Porcus é uma reflexão sobre a natureza humana e a natureza animal. A história leva o leitor dos Alpes aos Pireneus, através de várias histórias, com ingredientes literários de intriga, aventura e metáforas constantes. O texto surgiu de uma história que chocou o escritor: um porco conseguiu entrar na casa de um fazendeiro na França, virou o berço e devorou o bebê que dormia nele. O porco foi levado a julgamento, recebeu a pena de morte, e os donos foram forçados a assistir à execução. Mas não apenas eles: todos os fazendeiros da região tiveram que ir à execução acompanhados de seus porcos. Eles enforcaram o porco vestido de pessoa, o despedaçaram e o queimaram. A narrativa poderia ser um paralelo entre esta história e a da humanidade, mas começa com dois cientistas (glaciólogos). Um conta ao outro que encontrou alguns corpos mumificados na geleira Tsanfleuron (Suíça) e vários objetos próximos a eles. A história salta para o século XIX e tentar encontrar as respostas sobre esses corpos, será o fio condutor do romance. O ilustrador entrou na essência do texto e fez uma mistura de imagens em cada uma das cenas com o que o texto sugeriu. O perfil do rosto de um porco é o fio que une todas as ilustrações, assim como o título do livro e a própria capa. É um livro adequado para jovens e idosos. Além de oferecer um nível literário notável, o texto permite abordar tópicos que podem ser de grande interesse para jovens com mais de 16 anos: pesquisa sobre geleiras, preservação de cadáveres, o trabalho de Junes Cazenave-Harigile, o Nenana Ice Classic no Canadá...