O debate contemporâneo sobre sustentabilidade tem impulsionado as organizações a buscarem um posicionamento mais alinhado às questões socioambientais, contudo, essa tendência também trouxe à tona o fenômeno do greenwashing como uma prática polêmica de "lavagem verde". Este estudo objetivou analisar a evolução conceitual do termo, suas definições, tipologias e interfaces disciplinares na literatura acadêmica. Para tanto, foi empregada uma revisão sistemática da literatura (RSL) de natureza qualitativa, caracterizada como pesquisa bibliográfica. A metodologia envolveu a definição de um protocolo sistemático para busca, seleção e análise temática de artigos em bases de dados como Web of Science, Scopus e Scielo, analisando o período de 1986 a junho de 2025. Os resultados demonstram uma clara progressão na compreensão do greenwashing, que evoluiu de uma concepção focada na publicidade enganosa de produtos para um fenômeno sistêmico que perpassa a estratégia organizacional, a governança corporativa e as divulgações ESG. A pesquisa mapeou o desenvolvimento de algumas tipologias e destacou a natureza transversal do greenwashing, estabelecendo interfaces com marketing, finanças, governança e ética. O estudo oferece uma síntese consolidada da evolução conceitual do fenômeno e fornece informações para que empresas, reguladores e consumidores possam identificar e combater essa prática, fomentando uma verdadeira transição para modelos de negócio mais sustentáveis.