Última alteração: 2025-10-01
Resumo
O estudo teve como objetivo analisar a relação entre a comunicação exercida pela liderança e a motivação e o engajamento dos trabalhadores, considerando percepções de clareza, abertura e esforço informacional no ambiente de trabalho. Para tanto, realizou-se uma pesquisa quantitativa, de caráter descritivo, conduzida por meio de survey com 206 colaboradores de organizações privadas localizadas na região Sul do Brasil. O instrumento de coleta consistiu em questionário estruturado em escala Likert, e os dados foram tratados por estatística descritiva e comparações de médias, utilizando análise de variância (ANOVA). Os resultados evidenciaram que a comunicação é amplamente reconhecida como fator motivacional, com médias gerais próximas de 4,7 em escala de 1 a 5, indicando sua relevância tanto na dimensão instrumental, ao esclarecer expectativas, quanto na simbólica, ao gerar reconhecimento e pertencimento. Foram observadas diferenças significativas em função do porte e da faixa etária: em empresas de maior porte, a clareza comunicacional foi avaliada de forma mais crítica, enquanto trabalhadores de 46 a 55 anos apresentaram maior exigência quanto à qualidade da comunicação. Já o tempo de vínculo não demonstrou impacto expressivo, sugerindo certa estabilidade na percepção comunicacional ao longo da trajetória profissional. Do ponto de vista teórico, o estudo reforça a centralidade da liderança comunicativa como mediadora do engajamento organizacional. Em termos práticos, destaca-se a necessidade de investir em rotinas formais de comunicação, padronização de mensagens-chave e capacitação de líderes para promover interações claras, frequentes e bidirecionais. Tais práticas contribuem para reduzir ruídos e fortalecer vínculos de confiança, favorecendo a motivação e o engajamento em contextos organizacionais complexos.