Conferências UCS - Universidade de Caxias do Sul, XXV MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO

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A INFLUÊNCIA DO PROGRAMA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NA PERMANÊNCIA E ÊXITO DOS ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL-CAMPUS BENTO GONÇALVES
Daniele Gomes, Cintia Paese Giacomello

Última alteração: 2025-10-01

Resumo


Historicamente, a educação superior brasileira enfrentou desafios de acesso e permanência. Políticas inclusivas têm transformado o ensino superior no Brasil, diversificando o perfil dos estudantes Nesse sentido, o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) constitui um marco ao buscar democratizar a permanência, reduzir desigualdades e promover inclusão social. No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), a Política de Assistência Estudantil inclui um programa de benefícios destinado a apoiar estudantes em vulnerabilidade socioeconômica. Pesquisas indicam que a assistência estudantil influencia positivamente a permanência e a conclusão dos estudos no ensino superior. Contudo, há poucos estudos que examinam longitudinalmente o impacto do PNAES na permanência e no êxito, por meio de indicadores como perfil e desempenho acadêmico nos Institutos Federais. de Educação, Ciência e Tecnologia (IFS). Este estudo teve como objetivo analisar a influência do PNAES na permanência e no êxito dos estudantes do IFRS-Campus Bento Gonçalves. A pesquisa, de abordagem quantitativa, acompanhou o percurso dos estudantes entre 2014 e 2024, considerando variáveis socioeconômicas, demográficas, acadêmicas e o recebimento de auxílio estudantil. Considerando o conjunto geral dos estudantes analisados, os resultados evidenciaram que os perfis mais associados à evasão corresponderam a estudantes com ingresso após os 26 anos, do gênero masculino, autodeclarados pretos e pardos, pertencentes a famílias com renda per capita de até 0,5 salário mínimo, matriculados em cursos de Licenciatura em Física, Tecnologia em Horticultura e Tecnologia em Alimentos, com frequência inferior a 40% e coeficiente de rendimento abaixo de 4,0. A partir disso, conclui-se que os estudantes beneficiários do programa de auxílios estudantis apresentaram 55% mais chances de permanecer e concluir seus cursos em comparação aos não contemplados.



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