Última alteração: 2025-10-01
Resumo
Em um cenário global marcado por crescente instabilidade, complexidade e incerteza, a gestão de crises apresenta-se como competência estratégica para organizações que buscam garantir sua sustentabilidade e adaptabilidade. Este artigo teórico, fundamentado em revisão bibliográfica e análise bibliométrica nas bases Scopus e Web of Science, explora a interseção entre liderança feminina e gestão de crises, destacando atributos como empatia, resiliência, inteligência emocional e comunicação colaborativa como diferenciais da atuação de mulheres em posições de liderança diante de contextos críticos. A pesquisa evidencia que, embora a produção científica internacional sobre o tema tenha se ampliado nos últimos anos, persiste uma lacuna no contexto latino-americano, especialmente no Brasil. A análise demonstra que a liderança feminina, ao adotar uma abordagem humanizada, impulsiona a inovação, fortalece a coesão das equipes, estimula a aprendizagem organizacional e favorece ambientes psicologicamente seguros. Esses elementos contribuem para a construção de estruturas organizacionais mais inclusivas, adaptáveis e preparadas para enfrentar adversidades. Os dados indicam a necessidade de ampliar a representatividade feminina em cargos estratégicos e sugerem que a equidade de gênero deve ser compreendida não apenas como um imperativo ético, mas como uma estratégia organizacional de fortalecimento institucional, especialmente diante de crises complexas.