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Este estudo analisou a satisfação dos usuários do Ambulatório de Enfermagem do IFRS Campus Bento Gonçalves em relação à fitoterapia como prática integrativa na atenção primária à saúde, utilizando uma abordagem qualitativa baseada em entrevistas semiestruturadas com 10 participantes (87,5% mulheres, idade entre 19 e 50+ anos) e análise de conteúdo (Bardin, 2011). Os resultados revelaram quatro eixos principais: (1) o acesso e conhecimento, com usuários descobrindo o serviço por redes sociais, indicação profissional ou tradição familiar; (2) a experiência inicial, marcada por ceticismo (7 citações) ou aceitação imediata (5 citações), dependendo do histórico prévio com plantas medicinais; (3) a eficácia percebida, destacando redução de efeitos colaterais (8 citações) e resultados positivos (9 citações), embora alguns relataram frustração com o tempo de ação (4 citações); e (4) a avaliação do serviço, com notas altas (9-10) para humanização e competência técnica, mas críticas à infraestrutura e desabastecimento de plantas. Concluiu-se que a satisfação está vinculada à combinação entre atendimento humanizado, eficácia terapêutica e confiança nos profissionais, superando barreiras culturais associadas ao paradigma biomédico, porém a sustentabilidade do serviço requer melhorias logísticas, como hortas institucionais e maior divulgação, oferecendo um modelo replicável para integrar fitoterapia em contextos acadêmicos e reforçando seu potencial no SUS através da articulação entre saberes tradicionais, evidências científicas e gestão participativa.