Plasmar Tecnologia, instalada no TecnoUCS, obtém patente na área de revestimentos.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 20/12/2016 | Editado em 22/12/2016

Lançamento internacional da tecnologia será realizado no primeiro semestre de 2017 nos Estados Unidos. Empresa Plasmar Tecnologia nasceu no ambiente acadêmico, com a participação de estudantes e professores.

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Foto do plasma em confinamento eletrostático.

O trabalho empreendedor de professores e acadêmicos da UCS, determinados a transformar os conhecimentos desenvolvidos no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais em tecnologias disponíveis ao mercado, resultou, recentemente, em patente na área de revestimentos. A empresa de base tecnológica, especializada no emprego do plasma em tratamento de superfície e revestimentos, a Plasmar Tecnologia, fundada em 2009, desenvolveu um reator com tecnologia inédita, capaz de depositar revestimentos de carbono tipo diamante (DLC), por meio da tecnologia de confinamento eletrostático.

Segundo o professor Carlos Alejandro Figueroa, um dos sócios da empresa, “essa nova tecnologia possibilita condições similares de operação de processos de Deposição Física à Vapor (PVD) mediante simples tecnologia de descarga luminescente. O reator de plasma compreende uma tensão pulsada que gera e mantém o plasma (em altas e baixas pressões) através do sistema de múltiplos ânodos e múltiplos cátodos. Os eletrodos de barras cilíndricas são fixados a pratos também cilíndricos que permitem arranjos diversos. Este dispositivo possibilita a modificação da superfície em uma região de plasma denso e uniforme em processos de deposição química a vapor assistida por plasma”.

Segundo material divulgado pela Plasmar, o equipamento viabiliza, em termos técnicos e econômicos, a aplicação dos revestimentos DLC em larga escala, quando comparado aos equipamentos de tecnologias híbridas atuais. Esses benefícios ficam evidentes quando o processo é aplicado, por exemplo, em ferramentas, moldes e matrizes.

Os revestimentos de DLC – conhecidos por suas propriedades tribológicas de baixo atrito e desgaste – podem ser aplicados em autopeças visando contribuir na redução do uso de combustíveis, o que por consequência, diminui as emissões de poluentes e aumenta a eficiência energética. A Plasmar Tecnologia avalia que a indústria automobilística brasileira oferece grande potencial para aplicação de revestimentos com filmes de DLC.

Ambiente acadêmico

A Plasmar Tecnologia nasceu no ambiente acadêmico, a partir da vontade de professores e estudantes de levar ao mercado conhecimentos desenvolvidos em trabalhos científicos e tecnológicos realizados no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais. A partir de um pequeno capital proveniente de prêmios como o do Santander de Ciência e Inovação e da Werner Von Siemens de Ciência e Tecnologia, em 2008 – concedidos ao professor Carlos Alejandro Figueroa – foi possível investir na construção de um equipamento de nitretação a plasma de porte industrial em Caxias do Sul. No final de 2008, a empresa abriu sua primeira unidade de produção na Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul (ITEC).

Em 2011, a Plasmar Tecnologia recebeu dois prêmios, atestando seu comprometimento com o meio ambiente e a inovação tecnológica: o “Prêmio Empresa Destaque Ambiental”, outorgado pela Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Caxias do Sul, e o prêmio “Pesquisador Gaúcho 2011 – categoria Empresa”, outorgado a Carlos Alejandro Figueroa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) em reconhecimento à contribuição de um pesquisador à inovação em uma micro ou pequena empresa gaúcha. O sócio da empresa, Stevan Scussel Tomiello – engenheiro de materiais pela UCS, com mestrado em Ciências e Engenharia de Materiais e doutorando na área, recebeu, em 2012, o “Prêmio Jovem Talento Empreendedor” da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego da Prefeitura de Caxias do Sul.

No início de 2013, a Plasmar Tecnologia inaugurou uma planta de produção e sede administrativa no bairro Santa Lúcia, em Caxias do Sul, e mantém um centro de pesquisa e desenvolvimento no TecnoUCS.