Alunos
Ao som do coração

O acadêmico Eduardo Reis Soares, 21 anos, passa o dia envolvido com o trabalho e os estudos no Centro de Artes e Arquitetura, no Campus 8, em Caxias do Sul. Além de cursar Música - Licenciatura, ele é arquivista da Orquestra Sinfônica da UCS, isto é, o profissional que, além de cuidar do arquivo em geral, prepara a parte que cada músico irá tocar nos concertos. Ele também é o responsável por extrair, algumas vezes, a música da partitura para passar ao computador, podendo assim entregá-la aos músicos.

O gosto pelo piano, desde os 10 anos de idade, não o fez optar, inicialmente, por um curso na área de artes. Eduardo, dos 15 aos 20 anos, esteve envolvido com as áreas de engenharia e tecnologia, realizando cursos de mecânico em manutenção de máquinas industriais e automação industrial. Tanto é que iniciou na UCS o curso de Engenharia Mecânica e, em uma empresa, estagiou no laboratório de testes. Mas, a música "tocou" mais alto no seu coração. "Por acreditar que se deve gostar de verdade da área em que se pretende trabalhar, fazendo do trabalho uma coisa boa e leve, e não um fardo, quando você torce para que o relógio corra mais rápido para sair o quanto antes, resolvi seguir somente com a música", conta.

A música, na opinião de Eduardo, é ótima para desenvolver a concentração, a atenção, a paciência... "Não gosto de resumir a música ao que ela pode nos ajudar a desenvolver em questão de qualidades e habilidades. Isso é apenas uma consequência. A própria música já é uma formação em si mesma para o cidadão."

Eduardo ressalta que o que mais gosta na música é o fato de poder criar, "de sempre poder fazer algo novo. A música pode ser improvisada, espontânea. Gosto do fato de que podemos trabalhar com a música de qualquer maneira, e qualquer pessoa pode se identificar e interagir com ela."

O piano é ainda o instrumento musical que mais lhe agrada e praticado nas horas vagas: "ele dá possibilidades diferentes de execução e de didática", conclui.


Dedicação científica

Saídas a campo para a coleta de amostras integram a vida acadêmica da pratense Natalia Agostini Schneider, 23 anos, do curso de Ciências Biológicas no Campus Universitário da Região dos Vinhedos. No Núcleo de Pesquisa "Biologia, Controle, Diversidade, Morfologia e Taxonomia de Insetos", ela atua na pesquisa "Aspectos Epidemiológicos da Escaldadura das Folhas da Ameixeira no Rio Grande do Sul", orientada pelo professor Wilson Sampaio de Azevedo Filho, na área de Entomologia (estudo dos insetos). "Trabalho com Cigarrinhas - insetos fitófagos, ou seja, insetos que se alimentam de plantas - , vetores do fitopatógeno causador da doença Escaldadura das Folhas na cultura de ameixa, através da propagação da bactéria Xylella fastidiosa. Coleto amostras que são posteriormente levadas ao laboratório, onde o material é triado, espécimes identificados e armazenados na coleção científica da UCS", explica.

Na Biologia, Natalia decidiu voltar-se à pesquisa e ao campo, pensando em um futuro mestrado e melhor qualificação profissional. Também participou de um intercâmbio internacional, na Pittsburg State University, nos Estados Unidos, através do Programa de Mobilidade Acadêmica, onde cursou diversas disciplinas do curso de Biologia. "Adquiri um conhecimento diferenciado, especialmente na parte de campo. Direcionei minha experiência fora do País para a área da Zoologia, com a qual trabalho atualmente e pretendo me especializar."

Na pesquisa, o que mais chama a atenção de Natalia é ver um trabalho concluído e publicado em congressos e outros eventos científicos. "Depois da dedicação em coletar dados e passar horas no laboratório, poder ver o trabalho reconhecido em eventos científicos é maravilhoso! Sem contar a experiência que adquiro no mundo científico durante o período em que trabalho na pesquisa: conhecimento proveniente da prática diária, do estudo teórico e do auxílio do meu orientador e dos colegas de laboratório", conclui.


Engajamento organizacional

Mesclar a prática profissional com o conhecimento teórico de um curso é comemorada pela acadêmica de Relações Públicas, Débora Leão Nunes, 21 anos. Após um estágio no setor de marketing na Express Restaurantes, em Caxias do Sul, ela assumiu a comunicação interna da empresa, dentro do setor de Recursos Humanos. "Iniciar na área ainda durante a graduação é um diferencial muito grande para qualquer profissional. Conciliar a prática com a teoria em sala de aula é bem-trabalhoso, mas é essencial, pois uma completa a outra: a teoria se torna muito mais interessante quando podemos aplicá-la na prática", avalia.

O gosto por assuntos relacionados à comunicação, à criatividade, à escrita, e a facilidade em lidar com as pessoas levaram Débora a optar por um curso na área da comunicação. Mas, uma visita ao Portal das Profissões na UCS (hoje Feira das Profissões), durante o Ensino Médio, e o contato com profissionais de Relações Públicas contribuíram para que ela definisse sua escolha profissional.

Além do curso e do trabalho, Débora ainda administra redes sociais e eventos de um restaurante, o Galpão da Ivete, em Flores da Cunha, produzindo inclusive o material gráfico. "Eu não tenho uma rotina. Cada dia é diferente, dinâmico, com vários assuntos para analisar, criar, desenvolver e pensar na melhor forma de fazer a informação chegar a todos os colaboradores, mantê-los engajados com os objetivos da empresa e desenvolver em cada um o sentimento de pertencer, de fazer parte da empresa", conclui.

(Textos: Cristina Boff)



Revista UCS - Publicação da Universidade de Caxias do Sul, de caráter jornalístico para divulgação das ações e finalidades institucionais, aprofundando os temas que mobilizam a comunidade acadêmica e evidenciam o papel de uma Instituição de Ensino Superior.

O texto acima está publicado na quarta edição da Revista UCS que já está sendo distribuída nos campi e núcleos.

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